O ex-presidente Jair Bolsonaro foi ao Senado Federal nesta terça (29) para negociar projetos de anistia a ele e aos golpistas condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Ele também conversou sobre o apoio do PL às candidaturas de Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) às Presidências das Casas Legislativas.
“Cada segundo para aquelas pessoas que estão presas, no meu entender, injustamente é uma eternidade. É um caminho que nós temos para buscar uma alternativa”, afirmou ao deixar o Senado. Ele negou ter condicionado a aprovação dos projetos de anistia ao seu apoio aos candidatos.
“Nós não queremos poder, nós queremos solução. O mais importante para mim é botar em liberdade essas pessoas que estão presas”, prosseguiu. As negociações sobre as presidências da Câmara e do Senado estão sendo feitas “no tête-à-tête”, de acordo com o ex-presidente.
Bolsonaro ainda disse não querer “paternidade” sobre o projeto que perdoa as condenações dos golpistas do 8 de janeiro e afirmou que preferiria que o presidente Lula “tomasse a iniciativa”. “Com todos os defeitos que ele tem, será que não tem coração também e não sabe que os presos são pessoas humildes?”, acrescentou.
O ex-presidente ainda evitou falar sobre sua inelegibilidade e disse que a prioridade no momento é buscar um perdão aos presos pelo ataque.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na tarde desta terça-feira (29) no Senado para negociar o apoio do PL às candidaturas de Davi Alcolumbre (União Brasil) e Hugo Motta (Republicanos-PB) às presidências do Senado e da Câmara, respectivamente. Na saída da reunião, afirmou… pic.twitter.com/OVSrHE6lt9
— Folha de S.Paulo (@folha) October 29, 2024
Bolsonaro está inelegível por decisão da Justiça Eleitoral até 2030. Durante a conversa com jornalistas, ele ainda afirmou que o julgamento sobre o caso foi “político” e que está buscando maneiras de “desfazer” a determinação. “A prioridade nossa é o pessoal que está preso, eu sou o segundo plano”, afirmou.
As eleições para os comandos das Casas ocorrem em fevereiro. Motta, apoiado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Alcolumbre são tidos como favoritos nos bastidores.
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