VÍDEO: Bolsonaro volta a defender cloroquina, contesta CPI do genocídio e diz que não vai se vacinar

Atualizado em 28 de abril de 2021 às 12:09
Bolsonaro ouve seguidores na porta do Alvorada

Um dia após a instalação da CPI do genocídio, e do discurso duro do relator Renan Calheiros sobre os desmandos durante a pandemia – quando negou medidas de prevenção, boicotou a imunização e em nenhum momento mostrou compaixão com a morte e a dor das famílias -, Bolsonaro voltou a contestar, nesta quarta, 28, a investigação no Senado.

Numa cena dantesca junto com apoiadores na porta do Alvorada, o irresponsável também voltou a distorcer o tratamento ineficaz com cloroquina.

Para justificar seu desrespeito à imunização, disse que quer ser o último brasileiro a se vacinar.

“Você vê: essa CPI vai investigar o quê? Eu dei dinheiro para os caras. No total, foram mais de R$ 700 bilhões, auxílio emergencial no meio. Muitos roubaram dinheiro, desviaram”, comentou, fazendo menção genérica a prefeitos e governadores.

“Agora, vem uma CPI para querer investigar conduta minha? Se ele foi favorável à cloroquina ou não. Pô, se eu tiver um novo vírus aí, eu vou vou tomar de novo, eu me safei em menos de 24 horas, assim como milhões de pessoas”, prosseguiu o presidente, ignorando que não há evidência científica de que o remédio que defende seja útil no enfrentamento à doença.

Bolsonaro cobrou que a comissão convoque prefeitos e governadores ou a CPI será um “Carnaval fora de época”.

“A CPI vai chamar ou vai querer fazer Carnaval fora de época? Vão se dar mal. Aqueles que estão com esta intenção, lá tem gente bem intencionada, gente lá que, não é que me defende, está falando a verdade, mas tem um ou outro lá que quer fazer uma onda só”, disse.

A CPI foi instalada na terça, 27, confirmando nos postos mais importantes da comissão parlamentares independentes ou de oposição ao governo.

Logo após assumir a relatoria da investigação, Renan fez forte discurso com recados ao governo, ataques ao negacionismo durante e a defesa de que culpados existem e devem ser punidos “emblematicamente”.