VÍDEO – “Brasil terá pela 1ª vez um presidente eleito quatro vezes”, diz Lula

Atualizado em 4 de julho de 2025 às 15:00
O presidente Lula no evento da Petrobrás na Reduc, no Rio de Janeiro, nesta sexta (4). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

O presidente Lula se manifestou sobre a “guerra” com o Congresso Nacional e afirmou que “o governo não acabou” durante evento nesta sexta (4). O petista ainda disse que será um candidato forte à reeleição em 2026 e que pode ser o primeiro chefe de Estado do país em quatro mandatos.

“Não quero nervosismo. Porque eu só tenho um ano e meio de mandato, tem gente pensando que o governo acabou. Mas eles não sabem o que eu estou pensando. Se preparem, porque se acontecer tudo que eu estou pensando, este país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”, afirmou.

O petista diz que tem uma boa relação com o Legislativo e que parlamentares aprovaram “99%” do que foi enviado ao Congresso durante o terceiro mandato. “Quando tem uma divergência, é bom, porque a gente vai, senta e negocia”, prosseguiu.

A declaração foi dada durante um evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, no Rio de Janeiro após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu decretos do governo e do Congresso sobre o aumento no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

No evento, Lula também reforçou a importância da “justiça tributária”, uma bandeira que o governo tem levantado, mencionou que, historicamente, o Brasil foi governado por uma parcela reduzida da população, o que torna a governança para 100% da população mais desafiadora e exige mais concessões e esforços.

“Este país muitas vezes foi governado por 35% da população. Governar para 100% é mais complicado, exige mais sacrifício, mais trabalho, compreensão, carinho. O que é duro é que as pessoas não querem ceder, quem tem privilégio não quer abrir mão dos privilégios”, prosseguiu.

Lula também defendeu os resultados econômicos alcançados em seu governo, citando a queda no desemprego e o aumento da renda. Ele aproveitou a oportunidade para criticar a gestão anterior do Banco Central, mencionando que a política de juros elevados, herdada de Roberto Campos Neto, demoraria a ser revertida, o que ainda impacta a economia.

“Não tem um número ruim da economia deste país além da taxa de juros alta. Herdamos uma pessoa que tinha uma febre muito alta e para curar essa febre demora”, afirmou.

O evento foi usado para anunciar um pacote de investimentos de R$ 33 bilhões até 2029 em unidades de refino da Petrobras e Braskem, com a estimativa de geração de 38 mil empregos. O petista foi acompanhado pelos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).