VÍDEO – Cariani se vitimiza e culpa mídia após operação contra tráfico de drogas

Atualizado em 13 de dezembro de 2023 às 14:44
Renato Cariani, influencer bolsonarista. Foto: reprodução

Após ser alvo da Polícia Federal por denúncias de desvio de material para a produção de crack e cocaína, o influenciador bolsonarista Renato Cariani culpou a mídia, em vídeo publicado nas redes sociais, pela forma como a notícia tem repercutido na imprensa.

“É muito difícil você ver o quanto você é machucado, ferido, a quantidade de absurdos que são escritas, a forma que a mídia se apropria da sua imagem e constrói uma coisa horrorosa”, disse ele, após declarar que a última terça-feira (12) foi “um dos piores dias” de sua vida.

Porém, o “empresário do crime”, como foi descrito pelos investigadores, afirmou que não deixaria que isso o derrubasse: “Hoje eu acordei falando que vou fazer meu dia como tem que ser: cheio de energia, força e coragem, afinal de contas eu sei a pessoa que eu sou, eu sei o trabalho que eu faço, eu sei o quanto eu luto todos os dias para construir minha história”.

Sobre a investigação

Na manhã de terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Hinsberg, visando combater o tráfico de drogas e desvio de produtos químicos. A ação tem como principal alvo a empresa Anidrol, localizada em Diadema, Grande São Paulo, e conta com o influenciador fitness Renato Cariani como sócio.

Cariani, bolsonarista com mais de 7 milhões de seguidores, também está entre os alvos da operação, que cumpre 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O grupo é suspeito de desviar toneladas de um produto químico utilizado na produção de crack, estimando-se entre 12 e 16 toneladas dessa droga.

A PF aponta que o quilo do crack pode ser vendido entre US$ 3 mil e US$ 5 mil no mercado interno brasileiro. A operação, realizada em conjunto com o GAECO do MPSP e a Receita Federal, teve início em 2022, após uma empresa farmacêutica multinacional denunciar notas fiscais faturadas em seu nome, sem sua autorização.

O esquema de desvio de substâncias químicas, feito ao longo de seis anos, foi capaz de produzir cerca de 15 toneladas de crack, segundo a investigação. A PF solicitou a prisão preventiva de Cariani e mais três pessoas, alegando reiteração delitiva durante o período. No entanto, a Justiça negou os pedidos de prisão.

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Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.