
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta quarta (29) que tem “total tranquilidade” em defender a megaoperação policial contra o Comando Vermelho realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Durante coletiva de imprensa, ele afirmou que apenas quatro das vítimas eram inocentes: os quatro policiais mortos.
“Temos muita tranquilidade de defendermos tudo que fizemos ontem. Queria me solidarizar com a família dos quatro guerreiros que deram a vida para salvar a população. De vítima ontem lá, só tivemos esses policiais”, afirmou.
“Queria me solidarizar com as famílias dos nossos quatro guerreiros que deram a vida para libertar a população. De vítima ontem lá, só tivemos os policiais”, disse o governador do RJ, Cláudio Castro, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29). #ConexãoGloboNews pic.twitter.com/FIzGk0NiO8
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A ação, que deixou 132 mortos, segundo a Defensoria Pública do estado, foi classificada pelo governador como um “sucesso” e resultado de mais de um ano de investigações. O governo do Rio de Janeiro só confirmou oficialmente 58 mortes, sendo 54 suspeitos e quatro policiais.
Castro disse que os tiroteios ocorreram “em áreas de mata, e não em regiões edificadas”, o que, segundo ele, comprova que as vítimas fatais eram ligadas ao crime. “Não creio que estivesse alguém passeando na mata em um dia de conflito e, por isso, a gente pode tranquilamente classificar [os mortos como criminosos]”, afirmou.
Ele ainda disse que eventuais erros na operação seriam “residuais, irrisórios”.
Após governo do RJ contabilizar 64 mortes oficiais, Cláudio Castro fala em 58 e diz que indícios levam a crer que todos eram criminosos. #ConexãoGloboNews
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Na manhã seguinte à operação, o Rio amanheceu com dezenas de corpos alinhados nas ruas da Penha, em imagens que chocaram o país. Segundo veículos de imprensa e relatos de moradores, mais de 130 corpos foram retirados da região.
O governador não explicou o motivo da divergência entre o número de mortos anunciado e o balanço posterior. Também evitou comentar o relato de moradores que deixaram 64 corpos na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, durante a madrugada.
“Temos que ser muito responsáveis. A nossa contabilidade começa quando os corpos entram no IML. A Polícia Civil tem a responsabilidade enorme de identificar quem eram aquelas pessoas. Não vamos entrar em guerra de números”, declarou.

