VÍDEO – Celulares jogados por Antônio Doido são encontrados pela PF

Atualizado em 16 de dezembro de 2025 às 11:43
O deputado federal Antônio Doido (MDB-PA). Foto: Agência Câmara

Nesta terça (16), durante a Operação Igapó, a Polícia Federal encontrou celulares arremessados pela janela no apartamento funcional do deputado federal Antônio Leocádio dos Santos (MDB-PA), conhecido como Antônio Doido. A operação faz parte de uma investigação sobre um possível esquema de desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.

Os celulares foram localizados na área externa do prédio, logo após os agentes chegarem para cumprir o mandado de busca e apreensão. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) através de decisão do ministro Flávio Dino, relator do caso.

Dino apontou que havia indícios robustos de crimes em andamento e que a apreensão de dispositivos eletrônicos era fundamental para o avanço das investigações. Segundo o magistrado, devido à complexidade do esquema investigado, havia risco de destruição ou ocultação de provas.

Além dos celulares, os agentes encontraram dinheiro em espécie dentro do apartamento de Antônio Doido. A decisão de Dino autoriza a apreensão de dispositivos como celulares, computadores e mídias digitais, além de permitir a quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos. Isso inclui acesso às informações armazenadas na nuvem, visando reconstruir as comunicações e fluxos financeiros entre os envolvidos.

O relator também disse que a investigação aponta para a continuidade das práticas criminosas e a existência de uma organização criminosa com grande poder econômico. Esse aparato estruturado teria a capacidade de dificultar a coleta de provas, tornando necessárias as medidas cautelares adotadas, como a apreensão de dispositivos e a quebra de sigilo.

A Operação Igapó está investigando uma organização criminosa que teria desviado recursos públicos, em especial emendas parlamentares e verbas estaduais, através de fraudes em processos licitatórios. Os valores desviados eram utilizados para pagamentos ilícitos e para a ocultação de patrimônio.

Além das apreensões realizadas, a decisão do STF também cita prisões em flagrante de pessoas ligadas ao parlamentar, que já haviam sido flagradas com grandes quantias de dinheiro vivo.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.