VÍDEO: Delegado bolsonarista ameaça, dando tiros, “lutar” contra a esquerda no 7 de setembro

Atualizado em 27 de julho de 2022 às 15:41
Eduardo Bolsonaro e o delegado Paulo Bilynskyj. Foto: Reprodução/Redes Sociais

POR FABRÍCIO RINALDI 

O delegado de polícia e instrutor de tiro Paulo Bilynskyj, que também atua como lobista em defesa do armamento, postou no Stories de sua conta do Instagram um “treinamento para o 7 de Setembro”. 

No vídeo, ele responde à pergunta de um seguidor sobre um “possível ataque”. 

“Eu estarei lá”, ele respondeu. Em seguida, publicou uma gravação em que se esconde atrás de um automóvel e dá várias disparos em um alvo. 

Ainda escreveu: “Eu vou no dia 7 de setembro” e “Eu não vou sou fracote”. 

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Osvaldo Nico Gonçalves declarou ao Estadão que determinará à Corregedoria que investigue publicações feitas por Bilynskyj. O bolsonarista tem mais de 697 mil seguidores.

Em outro stories, ele reclama que o Instagram deletou “o vídeo da Laurinha” e informa a audiência, com um sorriso sarcástico, que postou em outro grupo. 

Nas imagens, a caçula de Bolsonaro tem a imagem congelada batendo continência ao som do rapper Coolio e a legenda: “Eu vou explodir a Globo, vou invadir a Venezuela. PSDB roubou minha merenda, vou apagar eles primeiro. Será que a ONU pega fogo rápido?”

Paulo Bilynskyj ganhou projeção nacional em 2020, quando foi atingido por seis tiros durante uma briga com a então noiva Priscila de Bairros, na cidade de São Bernardo do Campo. 

Segundo as investigações, Priscila se matou após atirar nele. “Sempre ficou bem claro que eu era a vítima. Pelos ângulos dos disparos, era impossível fisicamente. Bala não faz curva”, disse em entrevista a um programa da Record.

Os advogados da família de Priscila fizeram um questionamento: “Dependendo do que motivou, o doutor Paulo pode responder por instigação ao suicídio”.

Mais recentemente, ele divulgou uma ameaça a Lula exibindo “livros recheados” com armas de fogo, em resposta a uma declaração do petista segundo a qual clubes de tiro seriam transformados em clubes de leitura. 

“Oi, Lula. A gente já começou o clube do livro no TZB, em Goiânia. A gente adora você, cara. Olha que livro bonito”, dizia, mostrando os revólveres.