
Durante o depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro, o deputado Abilio Brunini (PL-MT) foi acusado de homofobia. Segundo o senador Rogério Carvalho (PT-SE), o bolsonarista fez uma declaração homofóbica durante a fala de Erika Hilton (PSOL-SP), que é transexual.
“O senhor Abílio foi homofóbico, fez uma fala homofóbica. Quando a companheira estava se manifestando, ele disse que ela estava ‘oferecendo serviços’. Isso é homofobia, é um desrespeito e peço à vossa excelência que peça para o deputado se retirar”, afirmou o petista.
Carvalho foi questionado se teria provas da declaração homofóbica e disse que bastava buscar as gravações da sessão. “É só pegar a gravação. Ele foi homofóbico e precisa ser retirado do plenário para garantir o funcionamento da CPI”, prosseguiu.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) confirmou o teor da fala homofóbica e o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), afirmou que a polícia vai investigar as imagens e o bolsonarista será punido.
➡️Deputado bolsonarista é acusado de "homofobia" na CPI do 8/1: “Oferecendo serviços”
Durante a fala de Erika Hilton, Abilio Brunini foi acusado de ter feito falas preconceituosas dirigidas à deputada pic.twitter.com/HNvoAIGyM5
— Metrópoles (@Metropoles) July 11, 2023
Abilio Brunini não é membro da CPMI, mas sua participação tem sido recorrente para tumultuar as sessões do colegiado. Antes do episódio envolvendo Erika Hilton, ele já havia atrapalhado outro parlamentar, Rubens Pereira Junior (PT-MA).
Ele ficou ao lado do petista gravando sua fala, dando risadas e fazendo provocações. O presidente do colegiado chegou a ameaçar acionar o Conselho de Ética contra ele e disse que não permitiria que os parlamentares gravassem os colegas.
Brunini ficou conhecido por aparecer de pijama na primeira reunião da CPMI, que marcou o início dos trabalhos de apuração dos ataques terroristas.