
Há cerca de uma semana a técnica de enfermagem Daniele Costa fez uma transmissão ao vivo no Facebook contando para seus amigos como era estar com o novo coronavírus e fez um apelo para que as pessoas permaneçam em isolamento social.
Quatro dias depois, ela foi internada no CTI do hospital Zilda Arns e morreu nesta segunda (27). Na gravação, ela narra como seu atendimento no Hospital Geral de Nova Iguaçu a deixou incomodada. Daniele trabalhava na UPA de Austin, em Nova Iguaçu, e começou a sentir os sintomas no dia 14 de abril e procurou a unidade dois dias depois. O primeiro médico que a recebeu estava há pelo menos 12 horas sozinho no plantão e sem se alimentar. Após realizar a tomografia computadorizada ela foi atendida por outro médico, que segundo Daniele, nem a olhou nos olhos, a liberou logo em seguida e ainda afirmou que achava estar contaminado.
“Eu fui tão maltratada no hospital aquele dia. Sou profissional de saúde, me identifiquei que trabalhava na UPA, mas fui tratada muito mal. O segundo médico nem olho na minha cara. O primeiro, infelizmente não estava lá. Ele me mandou embora sem prescrever a medicação e dizendo que todos iriam pegar”, desabafou. No vídeo é possível ouvir música muito alta. Daniele conta que o som vem de uma barraca em sua rua que frequentemente realiza pequenas festas e aglomerações.
As informações são do jornal Extra.