
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi intimado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (10), após um discurso feito em 14 de agosto de 2024, no qual chamou o delegado Fábio Alvarez Shor de “putinha” e “cachorrinha” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar reagiu, classificando a ação como uma “afronta” aos demais deputados. No vídeo publicado, Eduardo Bolsonaro disse que a atitude da PF visa intimidá-lo e que não pode ser considerado correto um parlamentar ser alvo de tal ação por expressar suas opiniões.
“Isso é uma afronta a todos os deputados. Não posso imaginar que um parlamentar seja acuado a parar de falar por causa de um discurso”, declarou. O deputado ainda disse que buscaria apoio da Procuradoria da Câmara para se defender de “esse esculacho” e afirmou que a tentativa de intimidação não o deterá.
Na semana em que comitiva da @RELE_CIDH /OEA vem ao Brasil, este deputado federal é intimido a prestar esclarecimentos na Polícia Federal por palavras proferidas na tribuna do Congresso Nacional!
ISTO É GRAVÍSSIMO! E demonstra o nível de conforto destes ditadores. Compartilhe. pic.twitter.com/2FdYFfDa8I
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) February 11, 2025
O delegado Fábio Alvarez Shor, que lidera investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, como a apuração sobre as milícias digitais, foi alvo de críticas de bolsonaristas. Ele recentemente foi promovido a chefe da Divisão de Investigações e Operações de Contrainteligência da PF.
O discurso de Eduardo Bolsonaro foi realizado no plenário da Câmara dos Deputados, durante o qual ele criticou diretamente o delegado Fábio Shor e a atuação do ministro Alexandre de Moraes no contexto das investigações do 8 de janeiro, que envolvem invasões às sedes dos Três Poderes. Na ocasião, o deputado mostrou uma foto de Shor e usou termos agressivos para se referir ao delegado, o que gerou reações dentro e fora do Congresso.
Além de Eduardo Bolsonaro, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também foi indiciado pela PF após um discurso similar, no qual acusava Shor de atuar de forma injusta. Ambos os parlamentares foram acusados de calúnia e difamação, e o caso segue sendo acompanhado de perto pela opinião pública.
Em sua resposta, o filho do inelegível afirmou que a corporação estaria tentando prejudicá-lo, utilizando o “poder do estado” para atacar sua honra. Além disso, o parlamentar insinuou que buscaria recorrer à justiça por abuso de autoridade, caso necessário.
Ele também mencionou que a PF tenta abrir um processo administrativo por crime contra a honra, o que, segundo ele, seria uma tentativa de penalizar sua atuação como parlamentar licenciado. A situação traz à tona as tensões políticas envolvendo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a relação com a Polícia Federal.
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