
Em entrevista à Record nesta quinta-feira (10), o presidente Lula afirmou que a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos, foi influenciada diretamente pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. Ele declarou: “Foi o filho dele (Eduardo) que foi lá fazer a cabeça do Trump”, referindo-se ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula cobrou que Bolsonaro assuma a responsabilidade pela medida, ressaltando que o líder de extrema-direita está, de certa forma, apoiando a taxação. “O ex-presidente deveria assumir a responsabilidade porque ele está concordando com a taxação”, afirmou.
Durante a conversa, Lula também destacou a situação jurídica de Bolsonaro, que está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que “decisão judicial se cumpre” e que o processo “não é político”, mas uma questão que deve ser decidida pelo STF.
🚨URGENTE – Lula ataca Bolsonaro e Eduardo, dizendo que eles estão concordando com a taxação do Brasil e que são os responsáveis pelas medidas
“O ex-presidente está concordando com a taxação do Trump ao Brasil (…) o filho dele que foi lá fazer a cabeça do Trump” pic.twitter.com/LwL4ybxbqV
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) July 10, 2025
Ao longo da entrevista, Lula comparou a invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, a uma situação hipotética no Brasil, afirmando que se Trump tivesse cometido tal ato no Brasil, ele estaria sendo processado. “Se o que Trump fez no Capitólio tivesse acontecido aqui, ele estaria sendo processado como o Bolsonaro e poderia até ser preso”, declarou o presidente, reforçando a autonomia do Judiciário brasileiro.
Por fim, Lula classificou como “desrespeitosa” a atitude de Donald Trump de aumentar as tarifas sobre os produtos brasileiros. “O que você não pode é receber uma carta que nem verdadeira ela é no que diz respeito à questão comercial. Primeiro, na questão da soberania do Brasil, queremos que ele respeite o Brasil. Segundo, na questão da Justiça, ele tem que respeitar a Justiça brasileira como eu respeito a americana”, concluiu ele, defendendo a soberania do Brasil e o respeito às suas instituições.