VÍDEO: Eduardo Bolsonaro insiste em anistia a golpistas como “solução” para tarifaço de Trump

Atualizado em 17 de julho de 2025 às 10:12
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) defendeu, por meio de uma chantagem escancarada, que as sanções anunciadas por Donald Trump contra o Brasil devem ser “dribladas” por meio da aprovação da anistia a Jair Bolsonaro (PL) e aos demais envolvidos no 8 de Janeiro.

O argumento usado pelo presidente norte-americano para aplicar alíquotas de 50% sobre os produtos brasileiros foi o que Trump classificou como “caça às bruxas” que o Judiciário brasileiro tem feito contra Bolsonaro.

“O que nós estamos fazendo aqui, a gente sabe que existem sacrifícios a serem feitos. Sabemos que existem efeitos colaterais, e não é desejável que o Brasil sofra com tarifas grandiosas, as maiores do mundo aplicadas pelo Trump recentemente”, disse nesta quarta-feira (16), durante o programa Paulo Figueiredo Show, realizado nos estúdios Rumble, nos EUA.

“Mas a diferença do Brasil pro resto do mundo é que o resto do mundo está sentando numa mesa para negociar economia, e o Brasil tem um conteúdo do Judiciário do Alexandre de Moraes. Aos interessados em resolver o problema, a pauta número um de vocês é a anistia ampla, geral e irrestrita. Porque é o único caminho para se abrir uma mesa de negociação.”

Sustentar esse discurso da anistia “ampla, geral e irrestrita” não tem rendido frutos ao clã Bolsonaro; pelo contrário, essa defesa tem gerado incômodo entre parlamentares e empresários, especialmente do agronegócio, que cobram ação imediata para evitar prejuízos.

Nos bastidores, até aliados próximos do clã Bolsonaro reconhecem que o posicionamento foi um erro, mas evitam críticas diretas por receio de retaliações da base mais radical.

Agora, Eduardo, seu pai e todo o seu entorno estão isolados. O “bananinha” precisa retornar ao Brasil até domingo, fim de seu afastamento. Caso não compareça e ultrapasse o limite de faltas permitido, poderá ter o mandato cassado. Nem mesmo o Centrão tem se mostrado disposto a articular alguma saída para protegê-lo.