VÍDEO: Em evento público, Alexandre de Moraes disse hoje que não é hora de apaziguamento, mas da “aplicação da lei”

Atualizado em 27 de maio de 2020 às 20:17

A fala de Alexandre de Moraes começa a 1 hora e 31 minutos. Ele foi dos conferencistas no evento sobre liberdade de imprensa, justiça e segurança dos jornalistas, realizado pela Faculdade de Direito da USP e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A fala de Moraes remete à política do apaziguamento, pela qual o Estado renúncia à defesa pelas armas em nome de outros valores. Foi o que fez em 1938 o então primeiro-ministro da Inglaterra, Neville Chamberlain, num acordo com Hitler.

Para não haver guerra, Chamberlain aceitou a anexação da Checoslováquia pela Alemanha, no acordo celebrado em Munique. Winston Churchill, que viria a ser primeiro-ministro, criticou Chamberlain.

“Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra”, afirmou.

Batata.

Um ano depois, Hitler invadiu a Polônia, violando o Acordo de Munique.

Com os fascistas que ameaçam as instituições brasileiras e a própria democracia, não pode haver trégua. É preciso enfrentá-los.

Foi o que Moraes disse, com outras palavras, ao defender a aplicação rigorosa da lei.

Busca e apreensão representam uma medida pouco eficaz para alguns deles.

Cana. Esse é o nome do remédio jurídico para pessoas como a miliciana Sara Winter, que, com expressão de ódio, jurou vingança hoje depois de ser alvo de mandado de busca e apreensão.

Ameaçou até as empregadas domésticas de Alexandre de Moraes.

Cadeia para ela!

Ela tenta se esconder sob o manto da liberdade de expressão, assim como todos os outros comparsas. Falso. Eles cometem crime.

Não pode haver apaziguamento com gente como essa tal Sara Winter ou outros da mesma organização — sim, é de organização criminosa que se trata, pois há ação coordenada.

Sara Winter esconde debaixo de uma tatuagem acima do coração outra tatuagem que define bem o que pensa, um símbolo apropriado pelos nazistas de Hitler, a cruz de ferro.

Se houver apaziguamento com esses facínoras, de nada adiantará. Eles voltarão a delinquir, a instigar as Forças Armadas e, ao final, colocar o Brasil sob as trevas da ditadura fascista.

A fraqueza de Chamberlain, com a sua política de apaziguamento, custaria a vida de milhares de ingleses durante bombardeio da força aérea nazista, pouco tempo depois.