
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que o Brasil esteve perto do “inimaginável” com o plano golpista de militares para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, seu colega na Corte, em 2022. A declaração foi dada em sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também presidido pelo magistrado.
“Tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer, neste momento, é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram, nada têm a ver com ideologia ou com opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e do desrespeito ao Estado de Direito”, afirmou Barroso.
O ministro ainda afirmou que as notícias sobre o caso são “estarrecedoras” e que “comportamentos como esse são uma desonra para o país”. Para o magistrado, a prisão dos golpistas é um “alento” e um sinal de que “as instituições republicanas estão funcionamento bem e harmoniosamente”.
“Felizmente nós já superamos os ciclos do atraso dessas quarteladas e dessa visão antidemocrática em que ‘eu não suporto que alguém que pense diferente de mim tenha sido eleito’ – um retrocesso imenso saber que nós estivemos perto de alguma coisa como essa”, completou.
O policial federal Wladimir Matos Soares e quatro militares do grupo de elite do Exército “kids pretos” foram presos nesta terça: o general de brigada Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Eles planejavam matar Lula, Alckmin e Moraes utilizando explosivos ou veneno. O planejamento do grupo incluía metralhadora, fuzis, granadas e até uma substância que causasse “um colapso orgânico” nos alvos.
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