
Na gravação, Cristiane relatou a perda do mandato e disse que sua carreira política entrou em colapso após a derrota eleitoral de 2018. “Eu era deputada, poderooosa… filha do Roberto Jefferson… mas em 2018 tudo desabou. Perdi a eleição, acabaram com minha reputação e fui presa em 2020”, declarou.
Ela também afirmou ter buscado apoio na religião durante o período em que esteve presa. “Na cadeia, escrevi pros meus filhos: ‘Nossas almas estão unidas pelo amor divino. Vou sair daqui mais forte’. Como diz o autor do livro ‘A Cabana’, o sistema esmaga o indivíduo, mas lá dentro, com a Luciana, minha irmã em Cristo (que eu conheci naquele inferno), lendo a Bíblia na cela dela, reencontrei Jesus”, afirmou.
Eu era deputada, poderoooosa… filha do Roberto Jefferson… mas em 2018 tudo desabou. Perdi a eleição, acabaram com minha reputação e fui presa em 2020. Na cadeia, escrevi pros meus filhos: “Nossas almas estão unidas pelo amor divino. Vou sair daqui mais forte.” Como diz o autor… pic.twitter.com/H0VOqfKe0G
— Cristiane Brasil 🇧🇷 (@crisbrasilreal) September 2, 2025
Cristiane disse ainda que decidiu deixar o Brasil no dia de seu aniversário em 2024. “Fugi para não ser novamente vítima de um judiciário podre que saiu de controle e tomou o poder na marra. Hoje, nos EUA, recomeçando do zero aos 51 anos, longe da minha família, minha fé é minha força”, declarou.
Ela também citou um pastor para justificar sua visão de que a dor teria valor espiritual: “Rick Warren diz em ‘Uma Vida com Propósito’: ‘Deus usa nossa dor pra nos moldar’. Minha história é prova disso. E a sua, qual é? Já parou pra pensar como Deus tá usando seus desafios pra te aproximar dele? Olha pro seu coração e encontra Jesus. Ele quer você de volta”.
A prisão preventiva de Cristiane Brasil foi decretada em setembro de 2020, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagrou uma operação que apurou fraudes em contratos da Fundação Leão XIII e de secretarias municipais entre 2013 e 2018. Segundo a investigação, o esquema desviou cerca de R$ 117 milhões em recursos públicos e também levou à prisão do então secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes.
De acordo com o MP, a organização criminosa era estruturada em três núcleos — empresarial, político e administrativo — e atuava para direcionar licitações, beneficiar empresas específicas e pagar propinas a servidores, que variavam entre 5% e 25% do valor dos contratos.