VÍDEO: Filha de Roberto Jefferson reaparece nos EUA e ataca “judiciário podre”

Atualizado em 2 de setembro de 2025 às 19:18
A ex-deputada Cristiane Brasil, filha do ex-deputado Roberto Jefferson. Foto: Reprodução/X

A ex-deputada Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, reapareceu nas redes sociais em um vídeo publicado no X, no qual classificou o Judiciário como “podre” e voltou a se apresentar como vítima da Justiça. Aos 51 anos, declarou ter deixado o Brasil em dezembro de 2024 para viver nos Estados Unidos, após ter sido presa preventivamente em 2020, em investigação sobre fraudes em contratos públicos no Rio de Janeiro.

Na gravação, Cristiane relatou a perda do mandato e disse que sua carreira política entrou em colapso após a derrota eleitoral de 2018. “Eu era deputada, poderooosa… filha do Roberto Jefferson… mas em 2018 tudo desabou. Perdi a eleição, acabaram com minha reputação e fui presa em 2020”, declarou.

Ela também afirmou ter buscado apoio na religião durante o período em que esteve presa. “Na cadeia, escrevi pros meus filhos: ‘Nossas almas estão unidas pelo amor divino. Vou sair daqui mais forte’. Como diz o autor do livro ‘A Cabana’, o sistema esmaga o indivíduo, mas lá dentro, com a Luciana, minha irmã em Cristo (que eu conheci naquele inferno), lendo a Bíblia na cela dela, reencontrei Jesus”, afirmou.

Cristiane disse ainda que decidiu deixar o Brasil no dia de seu aniversário em 2024. “Fugi para não ser novamente vítima de um judiciário podre que saiu de controle e tomou o poder na marra. Hoje, nos EUA, recomeçando do zero aos 51 anos, longe da minha família, minha fé é minha força”, declarou.

Ela também citou um pastor para justificar sua visão de que a dor teria valor espiritual: “Rick Warren diz em ‘Uma Vida com Propósito’: ‘Deus usa nossa dor pra nos moldar’. Minha história é prova disso. E a sua, qual é? Já parou pra pensar como Deus tá usando seus desafios pra te aproximar dele? Olha pro seu coração e encontra Jesus. Ele quer você de volta”.

A prisão preventiva de Cristiane Brasil foi decretada em setembro de 2020, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagrou uma operação que apurou fraudes em contratos da Fundação Leão XIII e de secretarias municipais entre 2013 e 2018. Segundo a investigação, o esquema desviou cerca de R$ 117 milhões em recursos públicos e também levou à prisão do então secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes.

De acordo com o MP, a organização criminosa era estruturada em três núcleos — empresarial, político e administrativo — e atuava para direcionar licitações, beneficiar empresas específicas e pagar propinas a servidores, que variavam entre 5% e 25% do valor dos contratos.