O filho de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT assassinado no último sábado (9) por um bolsonarista em Foz do Iguaçu, criticou nesta quarta-feira (13) o uso político da morte do pai por pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leonardo Miranda de Arruda, de 26 anos, disse em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, que não foi convidado para a conversa com o presidente.
“Não foi feito nenhum contato comigo nem com os demais familiares. Foi feito, sim, um contato com os meus tios, a esposa do meu tio. A princípio era para ser algo mais sigiloso toda essa conversa e ganhou uma proporção muito rápida. […] Muitas pessoas ligadas ao presidente estão fazendo campanha através disso”, afirmou.
Bolsonaro conversou na terça-feira (12) por meio de videochamada com dois irmãos bolsonaristas de Marcelo. O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) foi a Foz do Iguaçu para intermediar a conversa entre parte da família e o chefe do Executivo.
Na ligação, o presidente convidou os irmãos para uma coletiva de imprensa em Brasília, afirmando que a “imprensa” tentava colocar a morte de Marcelo sob sua responsabilidade.
Otoni não encontrou com a viúva de Marcelo, Pâmela Suellen Silva ou com Leonardo, filho do primeiro casamento do petista.
Leonardo afirmou ainda que a família só quer paz e justiça pela morte do pai dele. “Então, no fim das contas a gente só quer paz, que esse ódio todo acabe. A gente só quer justiça pelo meu pai”.
Veja o vídeo
Bolsonaro é perverso e desumado. Não respeita se quer uma família enlutada. Filho de Marcelo Arruda, assassinado por um bolsonarista em plena festa de aniversário, critica exploração política do caso por parte de aliados do Bolsonaro e pede paz e justiça. pic.twitter.com/ZvEAjmtWLh
— Humberto Costa (@senadorhumberto) July 13, 2022
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