
Um vídeo que circula nas redes sociais desde segunda-feira (3) mostra uma mulher fugindo com um grupo durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, realizada em 25 de outubro. As imagens, ainda não confirmadas pela polícia, são atribuídas à “Japinha do CV”, soldado da linha de frente do Comando Vermelho.
A suposta fuga ganhou repercussão após a divulgação, dias antes, de uma foto de um corpo com o rosto desfigurado, que foi apontado nas redes sociais como sendo o da Japinha. No entanto, a identidade da mulher não aparece na lista oficial dos 117 mortos divulgada pela polícia — todos homens. A ausência do nome da jovem levantou dúvidas sobre seu paradeiro real.
De acordo com as investigações, conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e acompanhadas pelo Ministério Público, a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil também analisa a relação entre os mortos e a facção criminosa.
Envolvimento com o tráfico e rumores online
Antes da operação, fotos que circularam na internet mostravam a mulher — também chamada de Penélope — vestida com roupa camuflada, colete tático e fuzil em mãos.
Investigações preliminares indicam que ela atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas do Comando Vermelho.
Nos últimos dias, perfis falsos usando imagens da “musa do crime” foram criados para divulgar notícias falsas, pedir doações via Pix e até promover casas de apostas. Em algumas postagens, usuários chegaram a se passar por familiares da Japinha.