VÍDEO – Flávio Bolsonaro diz que seu pai lhe ofereceu vaga no STF durante mandato

Atualizado em 13 de dezembro de 2023 às 19:30
Flávio Bolsonaro durante a sabatina de Dino. Foto: reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que foi convidado para assumir uma vaga como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a sabatina de Flávio Dino para o cargo no STF e de Paulo Gonet para Procurador-Geral da República, nesta quarta-feira (13), o “01” deixou escapar a intenção de nepotismo de seu pai.

“O então presidente Bolsonaro, quando da indicação do ministro André Mendonça, virou para mim e falou: ‘Flávio, o que você acha de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal?’, já que se discutia que a indicação fosse um evangélico, como ele havia prometido em campanha eleitoral”, contou, antes de dizer que o gosta de fazer é política.

No entanto, Flávio teria recusado o convite por ser um político, apesar de ter o diploma de advogado. Conforme relatou durante a sabatina, ele influenciou para que Bolsonaro escolhesse outro jurista: “Indique o nome do André Mendonça que é preparado para essa missão e eu vou poder ajudar muito mais o senhor aqui no Senado Federal”.

No fim de sua fala, ele ainda interagiu com o presidente da sessão, Davi Alcolumbre (PP-AP): “E eu acredito que com a presença do presidente Davi, eu acho que eu teria até alguma chance de passar aqui no Senado Federal”.

Veja o momento:

Relembrando o nepotismo bolsonarista

Durante as investigações sobre o esquema de rachadinha da qual o Flávio teria participado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro revelou que ele e seu pai já tinham, até 2019, empregado 12 parentes ao todo em gabinetes da família. A ex-esposa de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, mãe de Jair Renan, é uma das suspeitas de participar do esquema, segundo o processo.

Durante o governo Bolsonaro, o então presidente também teve um racha com o hoje senador Sergio Moro (União-PR). O motivo da inimizade foi a intenção de proteger seus filhos de investigações da Polícia Federal enquanto o ex-juiz ocupava o cargo de ministro da Justiça.

“Eu não vou esperar f*der minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira”, disse Bolsonaro antes de trocar o chefe do Ministério da Justiça.

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