VÍDEO: Flávio exige obediência cega e expõe mandonismo de Bolsonaro no PL catarinense

Atualizado em 7 de novembro de 2025 às 18:57
Carlos, Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) cobrou, nesta sexta-feira (7), submissão dos aliados do PL em Santa Catarina à decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de lançar Carlos Bolsonaro (PL-RJ) como candidato ao Senado pelo estado.

A escolha, que preteriu a deputada Caroline de Toni (PL-SC), provocou uma crise dentro do partido e expôs o racha entre bolsonaristas catarinenses.

Em vídeo direcionado à deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), uma das vozes mais críticas à decisão, Flávio pediu unidade e lealdade ao pai.

“O Bolsonaro construiu um exército da direita lutando pelas bandeiras em que nós acreditamos. Se a gente faz parte de um mesmo exército e não segue o comandante, está fadado à derrota. A partir do momento em que o comandante tomou a decisão, não é inteligente ficar questionando”, disse o senador.

Flávio afirmou que discorda de Campagnolo, mas elogiou a colega. “A deputada Ana é uma menina brilhante, inteligente e preparada. Você, Ana, é uma guerreira do nosso exército. Mas, a partir do momento em que nosso líder toma uma decisão, isso enfraquece nosso líder e beneficia nosso inimigo”, completou.

A escolha de Carluxo

A escolha de Carluxo contrariou um acordo local que previa o apoio do PL à reeleição de Esperidião Amin (PP-SC) e apenas uma candidatura própria.

O movimento irritou Caroline de Toni, que avalia deixar o PL e migrar para o Partido Novo para disputar o Senado. Campagnolo também criticou publicamente a decisão e defendeu que o partido mantivesse apoio a De Toni.

Na última quinta-feira (6), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está em autoexílio nos Estados Unidos, reagiu às críticas e disse que Caroline “não perdeu a vaga”. Campagnolo respondeu: “Perdeu a vaga no PL, sim. Próximo.”

Apesar do embate, De Toni tem evitado declarações públicas e fez aparições ao lado de Carlos Bolsonaro para amenizar a crise. “Receber Carlos Bolsonaro aqui é reafirmar essa lealdade e o respeito por quem segue firme nos mesmos princípios, com coragem e verdade. Seja sempre bem-vindo”, escreveu nas redes sociais.

O que pesa para mantê-la, até agora, é a relação com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que teria prometido apoiá-la na disputa pelo Senado — e que agora se vê em um impasse entre a aliada e o filho do ex-presidente.