
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (6) no condomínio onde ele cumpre prisão domiciliar em Brasília. A visita ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar que familiares do ex-presidente possam vê-lo sem necessidade de aviso prévio.
“Não fez favor nenhum, no meu ponto de vista. Ele sabia que estava pegando mal pra ele, inclusive, já que ultrapassou uma linha ética moral de avançar sobre a família de alguém que ele tá investigando e que ele quer condenar”, afirmou o senador minimizando a ação do magistrado.
A medida de Moraes que restringia visitas a Bolsonaro foi tomada após o ministro entender que o ex-presidente descumpriu decisões do STF ao participar virtualmente de manifestações por meio de terceiros, incluindo o próprio Flávio e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
A prisão domiciliar foi decretada na segunda-feira (4), e o uso de tornozeleira eletrônica já havia sido determinado em 18 de julho.
Comparação bizarra com Mandela
Mais cedo, Flávio comparou seu pai a Nelson Mandela, o que gerou revolta em públicos e no jornalista Luiz Megale, da Rádio BandNews, que viralizou. Em um post no X, o senador associou Bolsonaro ao líder sul-africano, citando o “Mandela Day”, data celebrada em 18 de julho, mesmo dia em que Bolsonaro recebeu a tornozeleira.
“Desculpa, cara, não compara com o Mandela. Aí já é demais. Você ultrapassa um limite de sanidade”, disparou Megale ao vivo. “Ainda por cima saindo do Flávio Bolsonaro, Flávio Kopenhagen Bolsonaro, Flávio Queiroz Bolsonaro. Pelo amor de Deus, cara. Se enxerga”.
No texto, Flávio chamou o pai de “símbolo de resistência” e afirmou que a proibição de Bolsonaro falar com o filho Eduardo (PL-SP) seria “símbolo do ódio que tomou conta de Moraes”. Ele ainda citou um provérbio bíblico – “os humilhados serão exaltados” –, reforçando a narrativa de perseguição política.
Fica firme, pai, não vão nos calar!
A proposital humilhação deixará cicatrizes nas nossas almas, mas servirão de motivação para continuarmos lutando pelo nosso Brasil livre de déspotas.
Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de… pic.twitter.com/sQTWoMpoPm— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 18, 2025
Flávio Bolsonaro resolveu comparar o pai dele a Nelson Mandela. Luiz Megale perdeu a paciência ao vivo, e com toda razão.
Colocar lado a lado um ícone mundial que lutou pela reconciliação de um país com um sujeito que espalhou ódio, aparelhou o Estado pra blindar os filhos e… pic.twitter.com/UbFhpv7KAK
— Beta Bastos (@roberta_bastoss) August 6, 2025