VÍDEO: “Foi um atentado”, diz voluntária da COP30 sobre incêndio

Atualizado em 20 de novembro de 2025 às 17:18
Flávia Souza, voluntária da COP30. Foto: reprodução

O incêndio que assustou milhares de pessoas na COP30 nesta quinta-feira (20) foi criminoso, segundo Flávia Souza, voluntária que passou pelo momento de desespero em Belém.

“Eu estava em um dos corredores quando começaram a arremessar bombas, eu acho que de efeito moral, e começou a subir fumaça, fogo. O pessoal começou a correr e foi muito empurra-empurra, desesperado […] até agora está lá a fumaça onde começou a pegar fogo, é tudo lona”, contou Flávia.

A voluntária, que estava em uma palestra no momento que o incêndio começou, agradeceu aos bombeiros que agiram rapidamente para controlar o incidente. Não houve, até o momento, registro de vítimas. Na sequência, ela garantiu que se tratou de um “atentado” à COP30, que aconteceu em Belém contrariando “muita gente”.

“Acho que foi um atentado, sim, contra a nossa COP, muita gente não queria, então muita gente é contra então pode ter sido isso se com certeza foi isso”, finalizou.

Informações oficiais

As primeiras informações, apuradas por Gabriel Siqueira, do DCM, indicam que o incêndio foi causado por um curto-circuito no pavilhão da East Africa Community. Segundo relatos de participantes presentes no local, a energia elétrica começou a piscar e, logo em seguida, as chamas subiram rapidamente ​. O sistema elétrico de toda a Blue Zone foi desligado por medida de segurança.

Uma participante que estava prestes a falar em um painel próximo ao local relatou que a instalação elétrica já havia sido considerada problemática, com a técnica de som alertando previamente sobre os riscos.

Jornalistas e participantes relataram sérios problemas no processo de evacuação. Segundo testemunhas, não havia plano de evacuação adequado, e algumas pessoas ficaram presas em algumas áreas. Um grupo de pessoas teve que subir por uma escada pequena porque ninguém tinha a chave dos cadeados que bloqueavam portões externos. Houve relatos de pessoas tendo que pular portões para escapar do fogo.

 

Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.