O fotógrafo Adriano Machado, da agência de notícias Reuters, relatou ter sido ameaçado por terroristas durante o 8 de Janeiro. Em depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura a invasão da Praça dos Três Poderes, ele diz que os bolsonaristas tratavam os profissionais de imprensa de forma “agressiva”.
“No dia 8, eles vinham de forma bem agressiva com a gente, identificavam que eu era fotógrafo e chegaram a dizer que iriam me jogar lá de cima, que se eu não saísse de lá iam me bater, xingavam o tempo todo”, conta.
O fotógrafo relata que chegou a ser ameaçado por um terrorista com uma arma de eletrochoque durante o episódio. “Teve um momento em que uma pessoa, enquanto eu estava num mezanino, veio com esses tasers de choque para que eu descesse da rampa. Então foi muito tenso”, prossegue.
Machado foi convocado para prestar depoimento no início do mês. Bolsonaristas insistiram que o fotógrafo fosse ouvido após inventarem uma fake news de que ele faria parte de uma “encenação” do PT durante o ataque.
Sua convocação gerou confusão entre parlamentares, já que base governista alegou que chamá-lo para prestar depoimento sobre seu trabalho não faz sentido. O requerimento para sua oitiva foi aprovado junto com a do hacker Walter Delgatti Neto.
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