VÍDEO – Haddad comemora decisão de Moraes sobre IOF: “Ótimo para o país”

Atualizado em 4 de julho de 2025 às 12:54
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante conversa com jornalistas nesta sexta (4), no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou nesta sexta (4) sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em meio à guerra do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O magistrado suspendeu os atos do governo e do Congresso Nacional a respeito do imposto e determinou uma conciliação entre os dois Poderes.

Para Haddad, a determinação é “ótima” para o país. “A decisão do ministro Alexandre busca esse caminho de mostrar até que ponto cada poder pode ir, delimitando constitucionalmente o papel de cada poder”, afirmou o ministro.

A declaração foi dada a jornalistas após participação de Haddad na reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado banco do Brics, no Rio de Janeiro.

Haddad ainda argumentou que a decisão “vai no sentido do fortalecimento dos Poderes da República” e ajuda a esclarecer as competências e prerrogativas de cada um. Moraes também estabeleceu uma audiência de conciliação entre o Executivo e o Legislativo.

“Essas provocações que estão sendo feitas, as três decisões até aqui tomadas, vão no sentido do fortalecimento dos poderes da República e da delimitação da competência e prerrogativa de cada um. Então, eu não posso ver com maus olhos, eu vejo com bons olhos”, prosseguiu.

O ministro argumentou que o decreto do governo tem como foco o combate à sonegação de impostos, mas também servirá como uma medida de arrecadação. “Se eu entendesse o decreto do presidente como irregular, eu não teria proposto. O que a Fazenda fez foi inibir a sonegação de impostos”, completou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também se pronunciou sobre a decisão de Moraes. No X, ele afirmou que a determinação está em “sintonia” com o Congresso e se colocou à disposição para o diálogo na Corte.

Moraes deu um prazo de 5 dias para que o Executivo e o Legislativo prestem esclarecimentos sobre o tema. O governo terá que explicar a decisão de aumentar as alíquotas do IOF, enquanto o Congresso precisará justificar o motivo de suspender os efeitos da medida.

O magistrado argumentou que busca um entendimento institucional entre os Poderes e que a audiência promoverá uma solução conjunta para evitar um conflito.

O governo afirma que o aumento do IOF faz parte de uma política de justiça tributária que busca aumentar a arrecadação entre os mais ricos para beneficiar a população mais pobre, enquanto o Congresso alega que não aceitará um aumento de taxação sem um plano de redução de gastos públicos.