VÍDEO – Haddad defende trabalho e qualidade de vida no futuro: “Usufruir melhor”

Atualizado em 27 de setembro de 2025 às 20:13
Fernando Haddad durante participação no podcast Três Irmãos – Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os avanços da ciência, automação e inteligência artificial vão transformar a forma de trabalhar no futuro. Para ele, as pessoas deverão permanecer mais tempo no mercado de trabalho, mas com menos dias por semana, o que garantirá mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. As declarações ocorreram durante participação no Podcast Três Irmãos, neste sábado (27).

Segundo Haddad, a sociedade precisa aprender a lidar com os novos desafios para conciliar trabalho e tempo livre. “Nós vamos viver mais, a expectativa de vida está crescendo. E com a ciência, automação, inteligência artificial, é capaz que a gente viva mais ainda. Nós precisamos viver melhor. Então, tudo me leva a crer que o equilíbrio entre essas coisas vai exigir que a gente trabalhe mais tempo ao longo da vida, mas menos dias por semana, para usufruir melhor da vida”, afirmou.

O ministro defendeu que os modelos econômicos existentes não cumpriram suas promessas e que é hora de repensar os objetivos coletivos. Para ele, o trabalho deve servir à humanidade e não o contrário. “O trabalho não pode consumir as pessoas como consome hoje, até porque a finalidade da economia deveria ser liberar tempo. Deveria servir a humanidade, e não se servir da humanidade […] Tem gente que não consome nada e está com déficit calórico, e tem gente comprando iate de US$ 500 milhões. Vamos buscar um equilíbrio para as pessoas viverem dignamente”, disse.

Haddad também comentou sobre eleições futuras e confirmou que o presidente Lula (PT) será candidato à reeleição em 2026. Questionado se disputaria a Presidência em 2030, respondeu que “muita coisa pode acontecer” até lá, indicando que não há definição sobre seus planos políticos pessoais.

Outro ponto abordado foi o combate ao crime organizado, com a criação de uma delegacia da Receita Federal especializada. O ministro destacou a importância de sufocar financeiramente organizações criminosas.

“Se as prisões vierem desacompanhadas do sufocamento das finanças da organização, sempre vai ter gente para substituir quem foi morto ou preso. O grande lance da inteligência é chegar no andar de cima do crime organizado, bloquear o dinheiro”, declarou.

Durante a entrevista, Haddad também comentou provocações na Câmara, quando foi chamado de “Taxad”. Ele afirmou que leva as críticas com leveza e respondeu: “Os caras fazem graça, eu também faço […] O cara me tira para dançar, eu danço conforme a música que está tocando. O deputado estava me criticando porque eu taxei casas de aposta, bancos. Coisas tão fora da casinha. Acho que não faltei com educação”.