VÍDEO – Homens armados foram à rua de jovem jogado de ponte por PM

Atualizado em 5 de dezembro de 2024 às 12:29
Homens armados fazem suposta vistoria na rua em que vítima da PM mora. Foto: reprodução

A presença de homens armados em um carro descaracterizado gerou temor entre moradores da Rua Comendador Artur Capodaglio, em Americanópolis, zona sul de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (4). O local é o mesmo onde mora Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, entregador que foi jogado de uma ponte por um policial militar na última segunda-feira (2).

Vídeos obtidos pelo Metrópoles mostram homens com coletes e armas em punho circulando pela região entre 0h39 e 1h23. Em uma das imagens, é possível ouvir batidas em um portão e gritos, sugerindo tentativas de comunicação com moradores. Em outro momento, o grupo aborda duas pessoas na rua, conversando com elas enquanto exibem armas.

Segundo relatos de vizinhos, os homens apresentavam fotos de Marcelo e afirmavam ser agentes da Corregedoria da Polícia Militar, questionando sobre o paradeiro do entregador. A abordagem, ocorrida em plena madrugada, causou desconforto nos moradores, que já estavam assustados com a repercussão do episódio de violência policial amplamente divulgado.

Durante o dia, o mesmo carro descaracterizado voltou ao bairro, repetindo as abordagens. À tarde, uma viatura caracterizada do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) também esteve na região para procurar Marcelo. O objetivo, segundo as autoridades, seria localizar o entregador para que ele preste depoimento e registre formalmente sua versão sobre os fatos.

O bairro de Americanópolis, conhecido por sua estrutura precária, ruas estreitas e ladeiras, vive um clima de insegurança desde o caso envolvendo o PM Luan Felipe Alves Pereira. Marcelo, que já não residia na rua há alguns anos, teria deixado a capital paulista na terça-feira (3) e buscado refúgio no interior do estado devido à repercussão do caso.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que a Corregedoria realiza diligências para ouvir o entregador, classificado como peça essencial para o esclarecimento do caso.

Em nota, a SSP destacou que os agentes da Corregedoria não atuam uniformizados, mas seguem os procedimentos legais para identificação. A secretaria afirmou que as imagens serão analisadas para verificar se os homens armados fazem parte da operação oficial.

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