VÍDEO: Insistência de Bolsonaro contra quarentena reflete o desprezo que sempre demonstrou pelos mais frágeis

Atualizado em 14 de maio de 2020 às 7:02

A insistência de Jair Bolsonaro em ações para sabotar o isolamento social não é apenas ignorância. É reflexo do que ele pensa sobre os pobres no Brasil. E não é de hoje.

Em novembro de 2013, ele foi à tribuna da Câmara para dizer que o pobre só tinha uma utilidade no país: “votar”.

O discurso faz parte de uma série de sua carreira política em que o tema foi “um rígido controle de natalidade”, com foco nos mais pobres — ele mesmo teve 5 filhos.

Para ele, os pobres teriam mais filhos para poder receber dinheiro de programas sociais.

Bolsonaro associou o índice de natalidade em famílias pobres aos índices de crime.

Hoje, como a maioria dos que pensam como ele, sabe que os pobres são o motor da economia. Com empregos de baixa remuneração, geram riqueza e consomem o produto dessa riqueza, enriquecendo a minoria do país.

Por isso é que defendem a rápida volta à normalidade na economia, mesmo que isso represente pilhas de corpos vítimas da Covid-19.

Como há muitos pobres, pela lógica desses perversos sempre haverá outro pobre para ocupar o lugar dos que morrerem.

Essa ideologia também está na presente na falta de empenho do governo para resolver os problemas com o pagamento do auxílio emergencial. Enquanto milhares de militares receberam ilegalmente, sem uma razão plausível para que isso ocorresse, exceto a desonestidade, milhões de brasileiros ainda aguardam na fila para ter o que é de seu direito, conforme lei aprovada na Câmara.