
Durante sua participação na programação da CNN Brasil, a jornalista Elisa Veeck fez um discurso contundente em defesa dos nordestinos, ao abordar a xenofobia enfrentada por essa população. O vídeo com os comentários viralizou nas redes sociais após ser exibido no início desta semana, diretamente dos estúdios em São Paulo.
Elisa denunciou o preconceito estrutural e recorrente contra o povo nordestino, especialmente em grandes centros urbanos do Sudeste. Ela rebateu estigmas alimentados por setores da extrema direita e criticou com veemência a criminalização de programas de distribuição de renda.
A jornalista destacou a resistência e o esforço diário do trabalhador nordestino, sugerindo que os críticos passassem um dia no sertão, lidando com a seca e o trabalho árduo no campo. “Gostaria que você tivesse calos nas mãos por ficar o dia inteiro com uma enxada, tentando fazer nascer do chão algo para o seu filho comer”, afirmou.
Ao rebater o argumento de que nordestinos não buscam emprego, Elisa lembrou que São Paulo abriga cerca de 4 milhões de pessoas vindas do Nordeste, que migraram em busca de oportunidades. “Você acha que eles vieram para cá a passeio?”, questionou, com firmeza.
SENSACIONAL: Elisa Veeck sobre a xenofobia diária sofrida pelos nordestinos e o estigma criado pela extrema direita sobre os programas de distribuição de renda pic.twitter.com/z9A6nUGOtf
— Seja Subversivo (@sejasubversivo) July 5, 2025
A jornalista também lembrou o papel central da mão de obra nordestina no crescimento econômico do Sudeste, especialmente na construção civil e em outras áreas essenciais. Segundo ela, boa parte da infraestrutura da região foi erguida com o suor de trabalhadores que deixaram suas terras em busca de sustento.
Outro ponto marcante de sua fala foi a crítica aos que desqualificam os programas de transferência de renda. Para ilustrar, Elisa citou a história de Maria, uma mulher nordestina que perdeu a filha de quatro meses por falta de recursos até para um caixão. A bebê foi enterrada em uma caixa de tomate.
Elisa concluiu que, se políticas públicas de apoio à população de baixa renda já estivessem implementadas à época, a filha de Maria estaria viva e teria 26 anos. A jornalista usou o exemplo para mostrar o impacto direto e humano das decisões econômicas e sociais. Recentemente, a mesma profissional também teve um comentário seu repercutindo amplantamente nas redes, no qual ela defendia a ideia de que “igualdade incomoda”.
Defesa do Bolsa Família
A profissional fez ainda uma firme defesa das políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, ao citar um caso emblemático que acompanhou de perto: “Maria enterrou a filha de 4 meses… aliás, ela não enterrou, porque não tinha dinheiro para comprar um caixão. A filhinha dela foi levada numa caixinha de tomate.” Em seguida, concluiu: “Fala para ela que programa de distribuição de renda não tem sentido. Se já existisse na época, a filha da Maria estaria viva e teria 26 anos.”