VÍDEO – Líder da greve convence Datena a ser contra privatizações de Tarcísio

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 14:24
Datena, apresentador do “Brasil Urgente”, da Band. Foto: reprodução

Nesta terça-feira (28), funcionários do Metrô, da CPTM, da Sabesp e da Fundação Casa organizaram uma greve conjunta contra os processos de privatizações forçados pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ainda que o bolsonarista alegue contrariar a desestatização dos serviços públicos seria “não aceitar o resultado das urnas”, o segundo protesto do tipo ganha, cada vez mais, aderência da população.

Para contribuir com o apoio popular, Altino de Melo, diretor do sindicato dos metroviários, deu um belo discurso durante a cobertura da primeira greve de funcionários contra a privatização, em outubro, convencendo até o apresentador do “Brasil Urgente”, da Band, José Luiz Datena, a se posicionar contra as medidas do governador bolsonarista.

Em vídeo que tem circulado muito nas redes sociais, Altino perguntou ao apresentador se caso ele “fosse governador, fatiaria o Metrô e a CPTM” para beneficiar a CCR. Antes do sindicalista concluir sua pergunta, Datena bradou em seu estúdio que jamais privatizaria o serviço. “Não”, disse repetidamente.

“No metrô privado, normalmente, ele [funcionário] ganha menos da metade do setor estatal. Porém, o que o setor estatal arrecada em dinheiro é um quarto do que o setor privado ganha”, explicou Altino.

Em seu pronunciamento amplamente compartilhado, o sindicalista também questionou os contratos: “Se os trabalhadores do setor privado ganham menos, e eles [concessionárias] contratam menos porque eles querem o lucro ao máximo, e diminuem ao máximo que puder os funcionários, e eles ganham quatro vezes mais do que o setor estatal, quem está ganhando dinheiro? Adivinha, a CCR. Por isso tem cinco novos bilionários de acordo com a revista Forbes, e adivinha de onde é: da CCR. Então nós estamos transferindo dinheiro público da população e dos impostos para esses caras. Está errado isso!”.

Já nesta terça, Tarcísio criticou a greve afirmando que rejeitar o projeto de privatizações equivale a não aceitar o resultado das urnas. Ele enfatizou as críticas à motivação política da greve, que, segundo ele, carece de pauta e reivindicação salarial, além de desrespeitar a decisão judicial que determinou um funcionamento mínimo das operações nesta terça.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ordenou que 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô operassem nos horários de pico.

Tarcísio reiterou que as greves não alterarão seu plano de privatizações, pois vão contra o compromisso vitorioso defendido durante a campanha, que envolve estudar privatizações, concessões e participação do capital privado nos serviços públicos.

“São contra aquilo que nós defendemos ao longo da campanha, de estudar privatizações, concessões, participação do capital privado nos serviços públicos. Foi um compromisso. E essa posição foi vitoriosa. Não aceitar essa posição é não aceitar o resultado das urnas, é não aceitar o diferente”, declarou Tarcísio.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link