VÍDEO: Lindbergh reage à urgência do PL da anistia: “Uma traição à democracia”

Atualizado em 17 de setembro de 2025 às 21:34
O deputado federal Lindbergh Faria, líder do PT na Câmara dos Deputados. Reprodução

Na sessão desta quarta-feira (17), em que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou a votação de urgência do projeto que pretende conceder anistia a envolvidos na trama golpista, o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), fez um discurso contra a proposta. O deputado anunciou voto contrário e defendeu punição aos responsáveis pelos atos antidemocráticos.

No plenário, Farias afirmou: “Confesso aos senhores, que eu esperava mais, que eu esperava mais desse parlamento. Confesso aos senhores, que a sensação que me vem num momento como esse é de uma traição à democracia brasileira. Os senhores perderam a condição de pacificar o país, de apaziguar.”

O líder petista associou a movimentação pela urgência à agenda da extrema direita e mencionou pressões externas. “Os senhores abriram caminho para essa turma que faz um discurso manso no dia de hoje, mas a gente sabe os senhores se ajoelham ao Trump que ameaça o Brasil, que tenta atacar a nossa democracia, que impõe sanções contra ministro do STF. Ministros, STF, não caiam nesse godo.”

Ao tratar dos efeitos políticos do projeto, ele disse que a deliberação não resultará em conciliação. “Daqui não vai vir mais pacificação. O dia de hoje é entra para a história, como um dia de reedição desse parlamento a essa política golpista da extrema direita.”

Farias reiterou o posicionamento da bancada do PT. “Nós vamos votar não e vamos continuar a nossa luta para defender a democracia, para que quem participou daquele golpe seja punido.”

O deputado rechaçou qualquer flexibilização penal para os investigados e condenados relacionados à tentativa de golpe. “Não aceitamos qualquer ideia de redução de penas para esse pessoal que participou da trama golpista e para Jair Bolsonaro.”

A sessão analisava o pedido de urgência para acelerar a tramitação do projeto de anistia. Com a urgência, a proposta pode avançar mais rapidamente no plenário, encurtando etapas regimentais. A oposição argumenta que a medida interfere em processos e decisões judiciais em curso, enquanto apoiadores defendem a votação como resposta legislativa ao tema.