
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (23) que o Brasil vai propor forças-tarefa no âmbito do G20 para debater o combate à fome e às mudanças climáticas. A declaração foi feita em reunião com ministros e representantes de poderes no Palácio do Planalto, em Brasília, segundo o G1.
Lula especificou que serão criadas duas forças-tarefa: uma dedicada à fome e desigualdade, e outra voltada para lidar com as mudanças climáticas. Além disso, será lançada uma iniciativa para promover a bioeconomia.
“Nós estamos criando duas força-tarefa. Uma contra a fome e a desigualdade, e outra contra a mudança do clima. E vamos lançar também uma iniciativa para a bioeconomia”, listou o mandatário no encontro. Vale destacar que esse é o último encontro da “fase preparatória” para a presidência brasileira do G20.
Durante sessão de instalação da Comissão Nacional do G20, o presidente Lula diz que, à frente da presidência do Grupo, vai criar uma frente de trabalho de combate à fome e desigualdades e outra de combate às mudanças climáticas. Será criada também uma iniciativa de biotecnologia. pic.twitter.com/VR0mFdkmYL
— Governo do Brasil (@govbr) November 23, 2023
O Brasil assumirá a presidência do G20 em 1º de novembro, com uma gestão de 12 meses. O G20 inclui representantes de 19 países, além da União Europeia e da União Africana.
Esta será a primeira vez que o Brasil liderará o G20 desde que o grupo passou a envolver os chefes de Estado e governo. Na última vez em que o Brasil esteve no posto, em 2008, o G20 operava apenas em nível ministerial.
Durante a presidência brasileira, o país será responsável por coordenar reuniões temáticas e setoriais entre os países do grupo. Essas discussões serão consolidadas para a 19ª Cúpula do G20, programada para 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Lula destacou a importância dessa iniciativa, afirmando que é incompreensível, em um mundo tão rico, que ainda haja tanta gente passando fome. O petista também enfatizou a urgência de abordar a questão climática e a transição energética.
“Um outro assunto que a gente vai discutir com muita força é a questão climática, a questão da transição energética. Essa transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que nós não tivemos no século 20, de termos no século 21 a possibilidade de mostrarmos ao mundo que, para quem quiser utilizar a energia verde para produzir aquilo que é necessário a humanidade, o Brasil é o porto seguro. Para que as pessoas possam vir aqui fazer os seus investimentos e fazer com que esse país se transforme em um país definitivamente desenvolvido”, afirmou.