
A alternância de poder na Venezuela foi defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (22), durante entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros em São Paulo.
O petista disse que é preciso respeitar o país vizinho, mas que “não há presidente insubstituível”, se referindo ao chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, com quem mantém boas relações.
“A gente tem que tratar a Venezuela com respeito, e sempre desejando que seja mais democrática possível, defendo a alternância do poder na Venezuela e em todos os países. Não existe presidente insubstituível. O Brasil vai tratar a Venezuela com respeito”, afirmou.
Lula estava acompanhado do ex-chanceler Celso Amorim, e aproveitou para falar sobre o fortalecimento das relações entre os países latino-americanos, um dos principais focos do seu governo (2003-2010).
Apesar de se manifestar a favor de uma mudança de poder, ele pediu respeito às decisões internas do país.
“Gostaria de desejar para a Venezuela o que quero para o Brasil: que as eleições sejam sempre mais livres, que se acate o resultado. Não concordei quando a União Europeia aceitou o [Juan] Guaidó como presidente [em 2019]. Ele era um impostor, está provado. Sempre aprendi a respeitar a autodeterminação dos povos de um país, não posso ficar me metendo”, declarou o ex-presidente.
Lula diz defender alternância de poder na Venezuela, mas pede respeito ao país vizinho. “Aprendi a respeitar a autodeterminação dos povos de um país”.
Candidato a presidente do PT concedeu entrevista a veículos de imprensa estrangeiros nesta segunda-feira (22). pic.twitter.com/dU42zB71G6
— Metrópoles (@Metropoles) August 22, 2022