
Em Salvador (BA), o presidente Lula usou as comemorações do 2 de Julho, o Dia da Independência da Bahia, para reforçar a sua posição sobre a taxação dos super-ricos. Durante uma caminhada pelas ruas da cidade, o petista, acompanhado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), da primeira-dama Janja Lula da Silva e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, levantou um cartaz defendendo a tributação de bilionários.
A imagem foi compartilhada nas redes sociais do presidente com a legenda: “Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”. Veja a publicação:
Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso.
📸 @ricardostuckert pic.twitter.com/4R17OnJh8O
— Lula (@LulaOficial) July 2, 2025
O apelo do presidente ocorre em meio a uma crise entre o Executivo e o Legislativo, que recentemente derrubou decreto que aumentava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que previa uma elevação na arrecadação do governo.
A justificativa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), é de que está combatendo o aumento da carga tributária. O governo aponta que a alta do IOF atinge apenas o “andar de cima” e é necessária para garantir justiça no país.
Ao levantar o cartaz pedindo a taxação dos super ricos, o petista foi ovacionado. Confira no vídeo abaixo:
TAXAÇÃO DOS SUPER-RICOS JÁ!
No 2 de Julho, em Salvador (BA), Lula ergue o cartaz do DAP durante o maior ato popular do Nordeste, que celebra a verdadeira independência do Brasil: a construída pelo povo em luta. pic.twitter.com/9GykY0MrEP
— DAP São Paulo | Chapa 610 (@dapsaopaulo) July 2, 2025
Em entrevista nesta quarta (2), Lula afirmou que não está apenas “propondo um aumento de imposto”, mas fazendo com que as pessoas que ricos paguem mais e não forcem o governo a cortar recursos de áreas importantes.
“Estamos fazendo um ajuste tributário neste país para que os mais ricos paguem um pouco para que a gente não precise cortar dinheiro da Educação, da Saúde”, argumentou.
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a votação do Congresso sobre o IOF. Paralelamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem estudado outras formas de arrecadação, como mudanças na previdência militar, redução de supersalários e cortes de subsídios ao setor privado.