O ministro destacou que Lula representa algo maior que o PT e o próprio governo, sendo uma figura que transcende as instituições. Ele ressaltou que o mandatário não deve ser comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O governo é muito maior do que o PT. E Lula é maior do que o PT e do que o governo. Quando olhamos para a conjuntura do país, ninguém pode dizer que o Brasil tem dois extremos, um é Bolsonaro e o outro é o Lula. Lula é conciliador, um democrata que se relaciona de forma republicana com todos os setores da sociedade e que tem respeito às instituições. E pauta seu governo a partir destes valores.”

Segundo o ministro, a eleição trouxe um recado importante para o PT: o partido precisa “reconectar os discursos com o povo e levá-los para outros territórios”. Ele enfatizou a necessidade de humildade para avaliar o que precisa ser melhorado, reconhecendo que o partido vive um momento de reafirmação.

Nas eleições de 2024, o partido elegeu 252 prefeitos, mas em São Paulo, seu reduto histórico, registrou o pior desempenho de sua trajetória, com resultados mais baixos que os de 2016 e 2020, anos marcados por crises.

No estado de São Paulo, o PT conquistou vitórias em quatro municípios, que juntos somam aproximadamente 507 mil habitantes. Com isso, o partido governará cerca de 1,1% dos 44 milhões de habitantes do estado a partir de 2025

Ainda sobre o resultado das eleições, Pimenta enfatizou a derrota da extrema direita. “O recado é a urna fala, e a gente tem que saber ouvir. Temos que ouvir o eleitor. O grande recado foi a derrota da extrema direita. Ninguém questionou a urna [eletrônica], nenhum candidato que estava no 8 de janeiro se elegeu, nenhum candidato lançado por Bolsonaro se elegeu. O recado é uma afirmação da democracia.”