
O pastor Silas Malafaia declarou nesta terça-feira (19) que líderes religiosos ligados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já foram informados sobre sua inclusão no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. A apuração trata da suposta tentativa de interferência no julgamento das ações relacionadas à trama golpista de 8 de Janeiro no Brasil.
Segundo o líder da ADVEC, a informação deve chegar ao próprio Trump e pode gerar repercussões negativas para o Brasil e para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao programa “Acorda Metrópoles”, o evangélico afirmou:
“Com certeza isso vai chegar ao ouvido do presidente [Trump], o que estão fazendo comigo. Pastores que estão no entorno do Trump — muitos deles vêm ao Brasil, sabem das coisas — ao chegarem no ouvido do presidente, vão dizer: ‘Olha, acabaram de incluir um dos maiores líderes evangélicos do Brasil nesse inquérito’”.
O religioso destacou ainda que, nos Estados Unidos, líderes religiosos são vistos como figuras intocáveis em temas políticos. “Para o americano, um pastor é muito respeitado e não pode ser tocado quando se trata de questões políticas. Quando se trata da opinião de um religioso, isso é muito sério e grave”, disse.
O nome de Silas Malafaia foi incluído no inquérito por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação apura as articulações de Eduardo Bolsonaro nos EUA relacionadas aos ataques de 8 de Janeiro.