
Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, afirmou nesta quarta-feira (10) que a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) é responsável pela morte de seu pai. As declarações ocorreram durante sabatina UOL/Folha.
Em 2012, o pai da parlamentar cometeu suicídio três dias depois de ela saber que foi aprovada em Harvard. “Ninguém se mata do nada”, disse Marçal sobre ter mentido que a deputada estava fora do Brasil quando o pai dela morreu.
Para o ex-coach, o fato de Tabata estar no país na ocasião é “pior ainda”. “A família é responsável pelos seus. É papel de todo ser humano cuidar dos seus pais. Ninguém se mata do nada, ninguém entra no vício do nada. As pessoas que estão abandonadas nas ruas foram abandonadas pelas famílias. Não é por que ela decidiu ‘amanhã eu vou morar na rua.’ Ninguém começa a virar mendigo, ninguém é suicida de véspera”, disparou.
O pré-candidato Pablo Marçal (PRTB), ao falar sobre a situação do pai de Tabata Amaral (PSB), disse que a família é responsável quando algum parente tira a própria vida ou está abandonado nas ruas entregue ao vício. Marçal foi entrevistado na sabatina da Folha e UOL, que segue… pic.twitter.com/2Pu2wy3jAh
— Folha de S.Paulo (@folha) July 10, 2024
Marçal ainda voltou atrás na declaração de que a deputada não poderia ser prefeita por não ser casada, esclarecendo que isso não é um requisito necessário para ocupar o cargo. No entanto, o empresário chamou a parlamentar de “menina” e afirmou que ela não “aguenta o tranco”.
“Ela não empreendeu, não pagou milhões em impostos, é uma garota, é uma menina. Ela não aguenta o tranco, por isso fica nessa choração”, disse.
Este não é o primeiro episódio em que Marçal menciona a morte do pai de Tabata. Em entrevista à revista IstoÉ na semana passada, ele afirmou que ela havia abandonado seu pai no Brasil para viajar aos Estados Unidos, deixando-o morrer.
Tabata respondeu às acusações de Marçal chamando-as de “nojentas” e “perversas”. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar afirmou que estava no Brasil quando tudo aconteceu e contou que o pai sofria de alcoolismo e dependência de crack.
“No fim, ele estava sofrendo demais. Na mesma semana que eu fui aceita em Harvard, ele cometeu suicídio. Foi o momento mais difícil da minha vida. Mas eu estava quando ele morreu, eu não estava fora. Essa baixaria sequer faz sentido”, rebateu Tabata.
Eu não espero nenhuma decência do Pablo Marçal, mas dessa vez ele foi mais baixo do que eu achava que alguém iria.
Só que eu não me abalo. Deu, levou. É até bom pros paulistanos verem logo quem ele é. pic.twitter.com/Y28FIlRIDX
— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) July 4, 2024