VÍDEO: Moro lança acusação sem provas contra Lulinha e é desmentido na CPMI do INSS

Atualizado em 4 de dezembro de 2025 às 20:34
Paulo Pimenta e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: Reprodução

A CPMI do INSS voltou a registrar tensão nesta quinta-feira (4) quando o senador Sergio Moro afirmou que o filho do presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, estaria ligado ao esquema de fraudes investigado pelo colegiado. Moro declarou que “no centro dessas organizações criminosas se encontra um personagem conhecido em outros crimes, em outras fraudes, o filho do presidente Lula, o Lulinha”.

O senador defendeu a convocação de Lulinha para depor, alinhando-se ao movimento da oposição que tenta ampliar o escopo da investigação. A proposta, porém, foi rejeitada por 19 votos a 12, mantendo a posição da maioria governista de que não há relação comprovada entre o filho do presidente e o caso.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo na comissão, rebateu de imediato. Ele desafiou Moro e outros parlamentares da oposição a apresentarem qualquer documento produzido pela CPI que sustentasse as acusações contra Lulinha. Pimenta afirmou: “Eu desafio os parlamentares que falaram que apresentem aqui um documento na CPI. Que apresentem uma prova”.

O deputado também criticou a fonte citada por opositores em reportagens publicadas nesta quinta-feira. Segundo Pimenta, o depoimento utilizado para sugerir a participação de Lulinha na fraude partiu “de um camarada que foi acusado de roubo de carros, que responde por ladrão, que está envolvido em uma briga que não tem nada a ver com a CPI, um desqualificado que não apresentou nenhuma prova”.

A base governista sustentou que a tentativa de convocar Lulinha não tinha relação direta com os fatos apurados pela comissão. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou que não existe “nenhuma prova documental” que conecte o filho do presidente às fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Além de Lulinha, a oposição também tentou convocar o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado para o Supremo Tribunal Federal. O pedido igualmente foi rejeitado pela comissão, por 19 votos a 11. A base aliada classificou a movimentação como tentativa de transformar a CPMI em palco político.

Pimenta reiterou que continuará contestando acusações sem comprovação apresentadas durante os trabalhos do colegiado. Ele afirmou que tomará medidas judiciais contra parlamentares que associarem o nome de Lulinha às fraudes sem apresentar evidências.

A sessão avançou com outros requerimentos, incluindo a aprovação da convocação do governador Romeu Zema (Novo), que deverá prestar esclarecimentos sobre atividades da “Zema Financeira”, empresa ligada ao mercado de crédito consignado para aposentados.