
Câmeras de segurança registraram o momento em que o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco foi agredido por um casal de assaltantes em Higienópolis, na madrugada de terça (31). Ele havia acabado de sair de um bar e aguardava um carro de aplicativo quando foi abordado. Minutos depois, foi encontrado desacordado e levado à Santa Casa de São Paulo, onde morreu.
As imagens mostram que Pacheco levou um soco, caiu no chão e teria batido a cabeça, o que pode ter provocado sua inconsciência. Os criminosos fugiram levando o celular, o relógio e a carteira com documentos. O caso é investigado pelo 4º Distrito Policial, que trabalha com a hipótese de latrocínio, o roubo seguido de morte.
Uma testemunha relatou que tentou socorrer o advogado, acionando a Polícia Militar e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). De acordo com o boletim de ocorrência, Pacheco apresentava falta de ar e convulsões quando foi atendido. Sem documentos, permaneceu cerca de 36 horas como desaparecido até a identificação oficial.
A investigação busca esclarecer se a morte foi causada pelo impacto da queda ou se houve outro fator associado. Novas testemunhas serão ouvidas e imagens de câmeras da região continuam sendo analisadas para reconstituir os passos do advogado naquela noite.
Vídeo mostra advogado morto em Higienópolis saindo de bar e depois sendo golpeado por ladrões de celular; polícia fala em latrocínio https://t.co/h9RkMJAXDe #g1 pic.twitter.com/5LGEwkBhq8
— g1 (@g1) October 3, 2025
Inicialmente, cogitou-se a possibilidade de intoxicação por metanol, já que Pacheco enviou mensagem a amigos afirmando ter ingerido a substância. No entanto, a polícia descartou essa linha de apuração após ter acesso às gravações que mostram a agressão.
Pacheco era sócio-fundador do grupo Prerrogativas e atuava em defesa de direitos humanos. O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do coletivo, destacou que ele era um profissional “brilhante, generoso e combativo” e que sua morte não pode ser tratada como mais um número estatístico.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou em nota que diligências seguem em andamento para esclarecer totalmente a dinâmica do crime e responsabilizar os envolvidos. Até o momento, os autores do ataque ainda não foram identificados.