
Policiais penais do Distrito Federal iniciaram nesta quarta (27) o monitoramento da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Os agentes atuam sem uniforme e sem armas aparentes, como mostra um vídeo divulgado pela imprensa.
A medida cumpre determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou vigilância em tempo integral sobre Bolsonaro. Desde 4 de agosto, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar em sua residência no Condomínio Solar, no Jardim Botânico, área nobre da capital.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do DF, a Polícia Penal apenas executa a ordem judicial e não comenta detalhes operacionais. A decisão de evitar armas à mostra e fardas foi tomada para reduzir a exposição e preservar a discrição da operação, conforme orientação do STF.
Polícia já monitora casa de Bolsonaro; veja o vídeo.
Três policiais penais aparecem em frente a casa do ex-presidente. Eles estão sem farda, sem armas à mostra e sem viaturas caracterizadas.
Ação atende ordem de Alexandre de Moraes, que pediu monitoramento 24h discreto. pic.twitter.com/C6rGYU3Uua
— PortaldoDantas (@PortaldoDantas) August 27, 2025
A TV Globo apurou que a presença dos policiais é constante, mas discreta, justamente para evitar constrangimentos aos moradores do condomínio e à própria família do ex-presidente. Nos últimos dias, a administração do condomínio emitiu comunicados internos para tratar de rumores sobre drones e até boatos de suposta expulsão de moradores ligados a Bolsonaro.
O monitoramento faz parte das medidas cautelares impostas pelo STF a Bolsonaro, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado e outros crimes investigados pela Corte.
Moraes determinou o policiamento na casa do ex-presidente nesta terça (26), atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O magistrado alegou que a medida foi motivada por “risco de fuga”.
“Considerando a proximidade do julgamento de mérito da AP 2.668/DF e o fundado quanto à suficiência das medidas cautelares decretadas, verifica-se adequado e necessário o monitoramento do réu e investigado Jair Messias Bolsonaro”, escreveu o ministro.