
A Polícia Federal (PF) revelou imagens que expõem a relação “mais que íntima” entre Gabriel Dias Oliveira, o Índio, líder do Comando Vermelho, e o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias. Com informações da coluna Na Mira, do Metrópoles.
As cenas foram encontradas durante a Operação Zargun, que desmontou um esquema milionário de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro com ramificações na política do Rio de Janeiro.
Câmeras de segurança instaladas em uma casa no Complexo do Alemão, reduto do CV, registraram encontros frequentes entre os dois.
Em uma das cenas, Índio aparece deitado em uma cama, de short curto, sorrindo enquanto mexe no celular. Ao lado dele, TH toca a coxa do traficante com a mão esquerda e se masturba com a direita. Em outras gravações, Índio envia vídeos com “beijinhos”, gestos de coração e selfies sensuais ao político.
Olha aí pic.twitter.com/4FU7OzaI8c
— Falando fatos (@01Gilda78181) April 20, 2025
As imagens não foram o único indício da proximidade entre os dois. Conversas interceptadas pela PF mostram que Índio repassou R$ 148 mil a TH Joias e prometeu mais R$ 90 mil a um advogado ligado ao grupo, em troca de proteção política e jurídica.
Segundo os investigadores, o esquema movimentou mais de R$ 140 milhões desde 2020, com tráfico de drogas, venda de armas e contratos públicos fraudados.
TH Joias, que já havia sido preso em 2017 por crimes semelhantes, foi localizado em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Com ele, foram apreendidos cerca de R$ 5 milhões em espécie.
O escândalo
A operação, deflagrada em 3 de setembro, prendeu 15 pessoas, incluindo três policiais militares e até um delegado da própria PF, detido no Aeroporto Internacional do Rio. As investigações apontam que apenas Índio movimentou mais de R$ 120 milhões nos últimos cinco anos, negociando armas e drogas no Brasil e no exterior.
Já TH Joias é acusado de ser o braço político da facção, garantindo influência em comunidades controladas pelo Comando Vermelho.
De acordo com a PF, os criminosos contavam ainda com apoio logístico de quatro PMs da ativa, um da reserva e um agente do Degase, que vazavam informações sobre operações e faziam escoltas para o grupo.