VÍDEO – Motorista em Porsche atropela e mata entregador de aplicativo em MS

Atualizado em 3 de abril de 2024 às 16:18
Motoqueiro morre após ser atropelado por Porsche em MS. Foto: reprodução

O entregador de aplicativo Hudson de Oliveira Ferreira, de 39 anos, morreu após ser atropelado por um Porsche Cayenne em Campo Grande (MS). Ele pilotava uma moto Honda CG 160 que foi atingida pelo carro em alta velocidade na noite de 22 de março. Ferido gravemente, o motoqueiro foi levado à Santa Casa da capital sul-mato-grossense, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.

Segundo a certidão de óbito obtida pelo jornalista Lenardo Sakamoto, Ferreira faleceu devido a politraumatismo causado pela colisão automobilística e embolia pulmonar.

Um vídeo gravado por câmera de segurança mostra o momento do choque. Com o semáforo vermelho na via, o motoqueiro se aproxima lentamente até o ponto de parada. Na sequência, o Porsche ultrapassa em alta velocidade, derrubando a moto e desrespeitando a sinalização do farol.

O caso, inicialmente registrado como “praticar lesão corporal na direção de veículo automotor”, foi alterado para “praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor”. O motorista, que ainda não foi identificado, também enfrentará acusações por fugir do local do acidente sem prestar socorro.

Testemunhas relataram que o veículo envolvido era um Porsche Cayenne, avaliado em mais de R$ 600 mil conforme explicou a advogada Janice Andrade, representante da família de Ferreira.

“É um trabalhador que estava fazendo entregas quando foi atingido por um Porsche em alta velocidade”, disse a advogada. “A família merece justiça”, concluiu.

Em entrevista ao jornal Correio do Estado, Kelly Ferreira, esposa da vítima, falou de sua angústia e da família diante da falta de informações sobre o caso e da lentidão da justiça. “Só queremos que ele pague pelo que fez, tirar a vida de um trabalhador, um pai de família”, disse ela.

O caso remete a outro ocorrido em São Paulo, onde um Porsche 911 Carrera, que vale mais de R$ 1 milhão, se envolveu em um acidente fatal com Ornaldo da Silva Viana, também trabalhador de aplicativo.

O motorista, Fernando Sastre de Andrade Filho, se apresentou à polícia após 38 horas, e foi indiciado por homicídio doloso, com intenção de matar, mas teve sua prisão negada pela Justiça e responderá em liberdade. Uma perícia apontou que ele conduzia o carro de luxo a mais de 130 km/h em uma via que permitia até 50 km/h.

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