Durante o debate promovido pelo UOL/RedeTV! na terça-feira (17), a troca de acusações entre os candidatos Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) ganhou destaque, com o coach trazendo à tona uma antiga denúncia de violência doméstica contra o prefeito de São Paulo. Marçal perguntou de maneira provocativa se Nunes batia em sua esposa “com uma ou duas mãos”.
A resposta veio rapidamente, mas não do prefeito. A primeira-dama, Regina Nunes, foi às redes sociais para defender o marido e desmentir as acusações de agressão.
“Ele citou meu nome perguntando se meu marido batia com uma ou duas mãos. Não, meu marido nunca me bateu. Ao contrário de você, que usava suas duas mãos para roubar os velhinhos”, declarou Regina em um post. A menção ao roubo de velhinhos faz alusão a acusações passadas contra Marçal, que foi investigado por fraudes bancárias.
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A questão levantada por Marçal durante o debate refere-se a um boletim de ocorrência registrado por Regina em 2011, em que ela relatava ameaças e violência doméstica por parte de Nunes. Na época, o atual prefeito da capital, que era vereador, foi acusado de ciúmes excessivos e de fazer ameaças constantes à esposa após uma separação temporária.
O documento policial descreve que Regina afirmou ter deixado o marido por conta do comportamento ciumento, e que ele não a deixava em paz, chegando a ameaçá-la e ofendê-la. O candidato à reeleição, por sua vez, sempre negou as acusações e durante a campanha à vice-prefeitura de São Paulo, na chapa de Bruno Covas (PSDB), afirmou que o boletim de ocorrência foi “forjado”.
Regina, que permanece casada com Nunes, também mudou sua versão ao longo dos anos. Em uma nota escrita à mão, ela alegou que havia dito no boletim “coisas que não são reais”, e mais tarde afirmou não se lembrar de ter feito a denúncia.
Em julho deste ano, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que Regina compareceu à Delegacia de Defesa da Mulher em fevereiro de 2011 para registrar a denúncia. O caso foi encaminhado à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área em que os fatos ocorreram.
Durante o debate, além da provocação envolvendo a mulher do prefeito, os políticos que disputam espaço entre os bolsonaristas trocaram acusações e iniciaram um momento de gritaria.
O candidato do PRTB acusou o emedebista de envolvimento em esquemas de corrupção, como o desvio de verba da merenda escolar, e afirmou que o prefeito será preso. “Quase todos os candidatos aqui já foram presos. E agora vamos prender o Ricardo Nunes”, disse Marçal em tom de desafio.
O sucessor de Bruno Covas, que faleceu em 2021, reagiu com veemência às acusações: “Nunca encostei um dedo na minha esposa”, afirmou o prefeito, alegando que as denúncias de violência doméstica não têm fundamento. Ele também aproveitou o momento para rebater as acusações de corrupção, lembrando que o coach já foi preso por envolvimento em fraudes bancárias. “Ele saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele”, disparou o emedebista.
O clima tenso entre os dois candidatos foi uma constante durante o debate. Marçal, logo nos primeiros 30 segundos, já havia insultado outros dois adversários, chamando José Luiz Datena (PSDB) de “orangotango” e Nunes de “bananinha”, além de desrespeitar a mediadora Amanda Klein.
Nunes e Marçal são advertidos após gritaria entre candidatos
➡️ Marçal gritou que Nunes “irá para cadeia” e moderadora precisou interromper o debate
— UOL – Universo Online (@uol.com.br) September 17, 2024 at 10:56 AM
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