
Pablo Marçal (PRTB) afirmou que “mulheres não votam em mulheres porque são inteligentes”. As declarações do ex-coach ocorreram nesta segunda-feira (30) durante o debate entre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pelo Uol em parceria com a Folha de S.Paulo.
Marçal direcionou suas falas a declarações feitas por Tabata Amaral (PSB). Segundo ele, Tabata estaria utilizando o fato de ser mulher para tentar conquistar o voto feminino. “Ela quer provar para você que é mulher. Tabata, se mulher votasse em mulher, você ia ganhar no primeiro turno. A mulher não vota em mulher, mulher é inteligente”, afirmou. “Se fosse assim, pobre votaria em pobre, negro votaria em negro”.
“A mulher não vota em mulher. Mulher é inteligente”
Pode fechar o caixão da candidatura do Marçal ⚰️ #DebateUOLFolha
— Jeff Nascimento (@jnascim.info) September 30, 2024 at 11:02 AM
Tabata mencionou a rejeição de Marçal entre o público feminino. Ela citou um episódio recente no Grajaú, São Paulo, onde o empresário foi recebido com protestos, sendo enxotado pelos moradores da região que erguiam cadeiras e pediam sua saída.
“Vi notícia de que Pablo Marçal foi recebido na periferia com protestos e cadeiras”, disse. “Não defendo violência, mas a única coisa que disparou nesta eleição foi a rejeição de Pablo Marçal, especialmente entre as mulheres da periferia. A gente está sempre sendo subestimada”.
Após isso, Marçal desconversou e voltou atrás em suas falas misóginas: “Mulher é inteligente, por isso que não está dedicando voto a Tabata. Você que é guerreira, mãe de familia, a maioria sozinha em casa, sabe que não dá para colocar a Prefeitura de São Paulo na mão de quem está sonhando”.
Rejeição de Marçal entre as mulheres
No início do mês de setembro, o Datafolha registrou um aumento na rejeição de Pablo Marçal (PRTB) para 47%, um nível que desafia significativamente suas aspirações políticas para a prefeitura de São Paulo. Esse aumento ocorre em um contexto de questionamentos crescentes sobre seu “projeto político” — se é que se pode chamar assim uma picaretagem completa.
A cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) durante um debate na TV Cultura intensificou as críticas à sua abordagem de se posicionar como vítima, ao mesmo tempo em que vende o tipo de machão bombado. Apanhou de um idoso.
O que chama a atenção é o ódio das mulheres pelo sujeito: o ex-coach condenado está com 12% (na semana passada eram 13%) do eleitorado feminino, contra 30% de Ricardo Nunes e 29% de Guilherme Boulos – a margem de erro nesse segmento é de 4 pontos, para mais ou para menos.
Até de acordo com o suspeito Instituto Veritá, em pesquisa divulgada na segunda-feira (16/9), ele sai mal na foto: 32,1% das intenções de voto no geral, mas apenas 24,4% de apoio entre o eleitorado feminino.
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