VÍDEO: Mulher negra é perseguida após falsa acusação de furto na Daiso

Atualizado em 4 de fevereiro de 2024 às 19:50
Mulher negra é seguida por funcionários e acusada de furto na loja da Daiso. Foto: Divulgação

Na terça-feira (30), Mirian Guedes, assistente social de 35 anos, foi alvo de uma situação vexatória no Shopping Tucuruvi, em São Paulo, quando dois funcionários da loja Daiso a seguiram, questionando se ela teria colocado algo em sua bolsa “por engano”. A acusação foi feita com base em informações de seguranças, alegando que Mirian teria furtado produtos da loja.

Mirian registrou o incidente ao filmar o momento em que uma funcionária da Daiso revistou sua sacola, retirando item por item sem encontrar qualquer produto furtado. A assistente social afirmou ao UOL que, minutos antes, a mesma funcionária havia abordado-a na loja para entregar um cesto de compras.

Após as filmagens, Mirian retornou à loja, onde os funcionários passaram a ignorá-la. Ela relata ter ficado uma hora em pé, aguardando uma explicação, enquanto a funcionária que a revistou demonstrava desdém e deboche.

Outros clientes presentes na loja registraram o ocorrido, pressionando os funcionários por respostas. Mirian recebeu apoio de pessoas que nunca havia visto antes. Uma segurança do shopping interveio, oferecendo-se para ajudá-la no caso.

A polícia foi chamada e, por volta das 18 horas, Mirian foi levada para a delegacia, onde só conseguiu registrar o boletim de ocorrência às 3 horas da manhã. O caso foi oficialmente registrado como calúnia, injúria e preconceito de raça ou cor.

Na delegacia, os funcionários da Daiso alegaram ter sido ofendidos por Mirian, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública.

A empresa não buscou contato com Mirian, que também não conseguiu devolver as compras. Enquanto isso, nas redes sociais, o perfil da Daiso informa estar investigando detalhes do incidente, prometendo analisar câmeras de segurança e depoimentos para apurar os relatos.

Em sua publicação nas redes sociais, a Daiso destacou que repudia qualquer ato de constrangimento, discriminação, preconceito ou racismo, prometendo agir com integridade e justiça após a apuração completa do caso.

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