VÍDEO: Na Paulista, Bolsonaro impede Magno Malta de chamar Moraes de “cabeça de ovo”

Atualizado em 29 de junho de 2025 às 20:43
Malafaia e Bolsonaro durante ato na Paulista neste domingo. Imagem: reprodução

Em meio ao ato bolsonarista que aconteceu neste domingo (29) na Avenida Paulista, para apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), às vésperas do julgamento da trama golpista no STF, o senador Magno Malta (PL) subiu ao trio para discursar e dar seu apoio ao ex-presidente. Ao longo de sua fala, ensaiou chamar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “cabeça de ovo”, mas foi impedido pelo inelegível.

O ex-capitão deu um “toque” no ombro do correligionário, como um “aviso” para ele não repetir mais comentários nesse teor. Antes disso, havia chamado o ministro de “ditador” e chegou a dizer que Moraes tem “sangue nas mãos”.

Apesar dessa ofensa ter sido impedida, o ministro do STF foi alvo de ataques ao longo da manifestação da extrema-direita, tendo Silas Malafaia como um dos seus principais ofensores.

“Por que Alexandre de Moraes dá uma ordem para prender o coronel Mauro Cid e imediatamente cancela? Sabe por quê?”, questionou Malafaia. “Ele pensou rápido: ‘se eu prender o coronel Cid, a delação dele cai. E, se a delação dele cai, toda a sustentação da denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que está jogando a reputação dele na lata do lixo, cai, sustentada na delação fajuta do coronel Cid”.

“Ele prende o Gilson Machado [ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro] para desviar a atenção da reportagem da Veja. Gilson é empresário. Está proibido de sair do Recife pela vaidade, pelo absurdo e pela injustiça de Alexandre de Moraes. Até quando o Supremo Tribunal Federal vai bancar o ditador Alexandre de Moraes?”

Em outro momento, o pastor extremista prosseguiu: “Tem sangue nas mãos de Alexandre de Moraes, ditador, tu vai dar conta a Deus. Clezão era membro da minha igreja. O sangue desse justo clama diante de Deus.” Nesse momento, os manifestantes começaram a entoar gritos de “assassino, assassino”.

O magistrado é relator do processo sobre a trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal). No último mês, durante o depoimento para o Supremo, Bolsonaro tentou “brincar” com Moraes para aliviar o clima e, inclusive, o convidou para ser seu vice caso se elegesse em 2026 (já que é inelegível até 2030) – mas o ministro recusou no ato.