VÍDEO: na posse de Gonet, Lula cobra MP contra acusações levianas e denúncias midiáticas

Atualizado em 18 de dezembro de 2023 às 12:10
Presidente Lula, durante cerimônia de posse de Paulo Gonet na Procuradoria-Geral da República. (Foto: Reprodução)

Nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia de posse de Paulo Gonet como procurador-geral da República. Durante seu pronunciamento, Lula cobrou o Ministério Público (MP) contra acusações levianas e denúncias midiáticas.

O petista lembrou o passado recente do MP com a Lava Jato, apesar de não ter citado nominalmente a operação: “houve um momento em que aqui neste país as denúncias das manchetes de jornais falaram mais alto do que os autos dos processos. Muitas vezes. E quando isso acontece, se negando a política, o que vem depois é sempre pior do que a política. Não existe possibilidade de o Ministério Público achar que todo político é corrupto”.

Ele também destacou a importância de preservar a integridade das pessoas, ressaltando que muitas vezes ocorre a destruição prévia de reputações antes mesmo de oferecer a chance de defesa. Ele instou Gonet a priorizar a verdade, afirmando que “as acusações levianas não fortalecem a democracia, não fortalecem as instituições”.

Lula disse que “nenhum procurador tem direito de brincar” com a PGR e que o órgão “não pode se submeter a um presidente da República, ao presidente da Câmara, ao presidente do Senado, não pode se submeter aos presidentes de outros poderes, mas não pode se submeter à manchete de nenhum jornal ou de um canal de televisão”.

“A única coisa que eu peço a você, em nome do que você representará daqui para frente na história desse país, é que você só tenha uma preocupação: fazer com que a verdade, e somente a verdade, prevaleça acima de quaisquer outros interesses. Trabalhe com aquilo que o povo brasileiro espera do Ministério Público”, afirmou.

A cerimônia de posse de Gonet contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes — que fizeram campanha para que ele fosse escolhido ao cargo —, além de ex-PGRs. Na primeira fila do evento estavam, por exemplo, Rodrigo Janot, o chefe do Ministério Público Federal no auge da Lava Jato, responsável por denúncias contra autoridades com foro privilegiado.

O presidente declarou que não exercerá influência sobre a PGR: “Da minha parte, eu quero te dizer publicamente: nunca lhe pedirei um favor pessoal, nunca exercerei sobre o Ministério Público qualquer pressão pessoal para que alguma coisa não seja investigada”.

“A única coisa que te peço: não faça o Ministério Público se diminuir diante da expectativa de 200 milhões de brasileiros que acreditam nesta instituição. Seja o mais sério possível, o mais honesto possível, o mais duro possível, mas, ao mesmo tempo, o mais justo possível com a sociedade brasileira”, finalizou.

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