VÍDEO – No G20, Mauro Vieira critica “inaceitável paralisia” da ONU contra guerras

Atualizado em 21 de fevereiro de 2024 às 16:26
O chanceler Mauro Vieira durante reunião do G20. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou a inação da ONU (Organização das Nações Unidas) diante de guerras como a da Ucrânia e na Faixa de Gaza. Durante discurso na abertura do encontroo de chanceleres do G20, grupo das maiores economias do mundo que é presidido pelo Brasil neste ano, ele afirmou que o organismo internacional está “paralisado” atualmente.

“Nossas posições sobre os casos ora em discussão no G20, em particular a situação na Ucrânia e na Palestina, são bem conhecidas e foram apresentadas publicamente nos foros apropriados, como o Conselho de Segurança da ONU e a Assembleia Geral da ONU”, afirmou Vieira, que ainda reclama da “inaceitável paralisia” do órgão diante dos conflitos.

Ele também criticou a discrepância entre o orçamento militar e o dinheiro gasto com assistência durante os conflitos. “Não é minimamente razoável que o mundo ultrapasse a marca de US$ 2 trilhões em gastos militares a cada ano. A título de comparação, os programas de ajuda da Assistência Oficial ao Desenvolvimento permanecem estagnados em torno de US$ 60 bilhões por ano, menos de 3% dos gastos militares”, prosseguiu.

O chanceler afirma que faltam ações concretas para resolver problemas como desigualdade e mudanças climáticas no mundo e pede que países rejeitem “o uso da força, a intimidação, as sanções unilaterais, a espionagem, a manipulação em massa de mídias sociais e quaisquer outras medidas incompatíveis com o espírito e as regras do multilateralismo como meio de lidar com as relações internacionais”.

O encontro do G20 teve início nesta quarta (21), no Rio de Janeiro, e termina na quinta (22). O evento ocorre em meio a uma crise diplomática entre os governos do Brasil e de Israel.

O principal tema do encontro, segundo o Itamaraty, será a reforma de organismos multilaterais, como a ONU. Como presidente temporário do grupo, o Brasil também escolheu dois outros temas como prioritários para a reunião: o combate à fome e a transição energética.

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