
O governador Cláudio Castro (PL-RJ) voltou a provocar o governo federal nesta quarta (28), ao comentar a megaoperação policial que causou massacre nos complexos do Alemão e da Penha. Em tom de enfrentamento, o bolsonarista disse que não aceitará críticas.
“Ou soma no combate à criminalidade ou suma! Temos muita tranquilidade de defendermos tudo que fizemos ontem”, declarou em entrevista coletiva. Durante a coletiva, o governador pediu “integração e financiamento” do governo federal para ações de segurança, mas reclamou do que chamou de politização da tragédia.
“Aquele que não entender que a segurança pública é o maior problema do Brasil hoje vai se arrepender e pedir perdão à sociedade. O Rio sai na frente e não vai se furtar a fazer sua parte”, prosseguiu o governador.
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— g1 (@g1) October 29, 2025
A operação reacendeu a troca de acusações entre os governos estadual e federal. Na terça (28), Castro disse que estava “sozinho” no enfrentamento ao crime organizado e acusou o governo Lula de negar apoio. Ele afirmou que fez três pedidos de empréstimo de blindados das Forças Armadas, mas que todos foram recusados sob a justificativa de que seria necessário um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, queixou-se Castro. Segundo ele, a ausência de apoio federal teria forçado o estado a agir com recursos próprios.
Em nota, o Ministério da Justiça desmentiu as acusações do governador. O chefe da pasta, Ricardo Lewandowski, afirmou que Castro deveria “assumir as suas responsabilidades” ou “jogar a toalha” e pedir intervenção federal no estado.