VÍDEO – Padre Júlio é ameaçado de morte por bolsonarista: “Vai comer grama pela raiz”

Atualizado em 12 de agosto de 2024 às 12:19
O padre Júlio Lancellotti – Foto: Reprodução

O padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho com a população em situação de rua em São Paulo, foi alvo de uma nova ameaça de morte por um apoiador radical do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O religioso expôs a ameaça em suas redes sociais, gerando preocupação entre seus seguidores.

A ameaça foi feita por Paulo Sposito, que se identifica nas redes sociais como “presidente da AF dos CAC’s do Brasil” e defensor da PMESP.

Sposito culpou o padre pela situação de ocupação e aumento de furtos no bairro da Mooca, zona leste de SP, e sugeriu que a violência só cessaria quando “o padreco Júlio Lancenheta for transferido ou for comer grama pela raiz”.

Posts em que Paulo Sposito ataca Júlio Lancellotti – Foto: Reprodução

Em resposta, Padre Júlio denunciou a ameaça em seu Instagram, afirmando: “Uma publicação como esta é incitação à violência, é difamação e ameaça paulospositooficial”. Ele também pediu orações e reforçou a necessidade de proteção diante das constantes ameaças que recebe.

O autor da ameaça também é conhecido por seu apoio ao armamento da população e por suas fotos com armas e bolsonaristas, incluindo filhos do ex-presidente. Seu discurso extremista e a incitação à violência têm sido uma constante em suas redes sociais.

Sposito ao lado de Renan, filho de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O extremista, em seu perfil, também promove ataques a outras personalidades políticas como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros Fernando Haddad e Flávio Dino.


Padre Júlio, além de expor a ameaça, publicou um vídeo em que aparece ao lado de pessoas em situação de rua na praça Barão de Tietê. No vídeo, ele relata as ameaças que tem recebido e questiona os moradores de rua sobre suas preferências, que reafirmam o desejo por moradia, e não pela permanência nas ruas.

O religioso encerra o vídeo reforçando a importância de dignidade para todos. “As pessoas querem ter onde morar”, completou.

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