VÍDEO: Papa Francisco coloca cocar e pede que bispos denunciem violações na Amazônia

Atualizado em 20 de junho de 2022 às 13:43
Papa Francisco com cocar
Papa recebe bispos da região da Amazônia e pede que fiquem ao lado dos indígenas
Foto: Vatican News/Reprodução

O papa Francisco encontrou nesta segunda-feira (20) com bispos da região da Amazônia para discutir o papel da Igreja Católica e a violência contra os povos indígenas e vulneráveis. Ao final da reunião, o pontífice colocou um cocar enviado pelos povos da Amazônia e brincou: “imagina se eu apareço na (Praça) São Pedro com isso?”.

O encontro aconteceu nesta manhã e contou com a presença de 17 bispos vindo da Amazônia, mais especificamente dos Estados do Amazonas, Acre e Roraima. Francisco recebeu do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) um relatório sobre a violência na região e, segundo religiosos que estavam no encontro, se mostrou “profundamente consciente” do que estava acontecendo.

De acordo com Jamil Chade, colunista do UOL, o bispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, disse que o papa orientou os bispos a permanecerem do lado dos indígenas e sempre respeitar a cultura local.

“Ele nos motivou a vivermos a nossa missão de pastores e não burocratas, de não perdemos este foco. E de coragem, para estar junto com as populações mais pobres e, sobretudo, que a Igreja saiba respeitar as culturas, o desafio da encarnação”, afirmou Dom Roque.

De acordo com o bispo, o caso de Dom Phillips e Bruno Pereira não foi tratado especificamente, mas que o papa sabe das dificuldades da região.

Segundo a agência oficial da Santa Sé, o papa também pediu para os bispos trabalharem “sem medo” e que denunciem os que violem os direitos dos indígenas.

Ainda de acordo com o colunista, Lúcio Nicoletto, administrador apostólico de Roraima, afirmou que o papa encorajou os religiosos a atuarem “sem medo de encarar os desafios que nos apresenta o momento atual, que precisa de uma palavra profética para anunciar a esperança do Evangelho da vida, mas também denunciar tudo aquilo pisoteia os direitos fundamentais das populações indígenas e do cuidado com a casa comum”.

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