VÍDEO – “Perseguição implacável” e “ditadura”: a reação de Jordy após ação da PF

Atualizado em 19 de dezembro de 2025 às 9:08
O deputado federal Carlos Jordy. Foto: reprodução

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (19) ser vítima de uma suposta perseguição política “implacável” após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão em seu endereço e na casa do líder do seu partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante. Em vídeo publicado na rede social X, o parlamentar classificou a ação como “covarde” e disse que o Judiciário estaria sendo usado de forma política contra ele.

Segundo Jordy, a operação ocorreu logo pela manhã, no dia do aniversário de sua filha. “Pessoal, hoje dia 19 de dezembro de 2025, dia do aniversário da minha filha, 7 da manhã, a Polícia Federal acabou de sair daqui. Fizeram uma busca apreensão em mim, mais uma busca apreensão, aliás, parece que buscam sempre fazer essas diligências contra mim em aniversários de pessoas da minha família. No dia 18 de janeiro de 2024, fizeram uma busca apreensão na minha casa”, afirmou.

Os bolsonaristas foram alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira. Os dois parlamentares são investigados por suspeita de desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares, verba destinada a custear despesas relacionadas ao exercício do mandato.

De acordo com o próprio Jordy, a investigação aponta que ele e Sóstenes teriam utilizado uma empresa de fachada para aluguel de veículos. O deputado, no entanto, nega qualquer irregularidade e afirma que ambos utilizam a mesma locadora desde o início de seus mandatos.

“E a alegação deles é tosca. Eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos dessa empresa, que aluga para vários deputados, inclusive, dizendo que as outras empresas têm mais de 20 veículos na sua frota e a Harue Locação de Veículos tem apenas cinco veículos, então seria uma empresa de fachada”, disse.

No vídeo, Jordy reforçou que considera a apuração uma tentativa de intimidação e classificou a ação como abusiva. “Eu sei o que que eles estão fazendo. Só que é mais do que querer nos intimidar, é uma pesca probatória, é fishing expedition. Eu não vou me deixar abalar com isso. Mesmo fazendo essa covardia também com os meus pais que eles estão fazendo”, alegou, se vitimizando.

O deputado também declarou que pretende seguir enfrentando as investigações e voltou a criticar o que chama de instrumentalização do Judiciário. Para ele, a operação faz parte de um contexto mais amplo de pressão política contra parlamentares alinhados ao bolsonarismo:

“Nós vamos vencer essa batalha ano que vem. Eu não vou jamais deixar com que isso aqui possa me intimidar, me coagir, me faz baixar a cabeça. Eu vou enfrentar de cabeça em pé tudo isso e vamos vencer essa batalha ano que vem”.

Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.